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Outsourcing & Workplace
“Conhecimento” e “aperfeiçoamento
constante” podemser as expressões-cha-
ve para o sucesso de todo o profissional.
Se a competição – e o mercado em re-
tração – exige isso, faz parte da dinâmica
de crescimento pessoal buscar o melhor
para si mesmo e para a empresa onde
se trabalha. Para Marcia Ferrari, Head of
Development Latin America da Royal
Institution of Chartered Surveyors (RICS),
educação e profissionalização são dife-
renciais que valem a pena ir atrás. “Uma
boa educação e a busca pelamelhor pro-
fissionalização aumentam as chances de
sucesso, pois quem contrata procura efi-
ciência. É possível otimizar recursos com
melhoria de processos e bom uso de fer-
ramentas. Temos de pensar no futuro, e
o desenvolvimento profissional contínuo
é fundamental para garantir uma posição
adequada às novas realidades. Lembran-
do que o cenário é sempre dinâmico e
que os ciclos estão cada vez mais curtos,
não investir não é uma opção.”
A RICS é uma instituição indepen-
dente sem fins lucrativos, criada em
1868, no Reino Unido, para manter a ex-
celência dos padrões profissionais das
atividades que compõem todo o merca-
do de real estate. No Brasil, opera desde
2011, em parceria com entidades na-
cionais do setor, para garantir aos seus
membros excelência profissional das
atividades que compõem o segmento.
Excelência pessoal e profissional é
fundamental para se destacar. Essa é
a opinião de Fernanda Lisboa, Presi-
dente do Capítulo Brasileiro do Insti-
tute of Real Estate Management (Irem)
e Instrutora da Universidade Secovi.
Segundo ela, é preciso que os profis-
sionais entendam que investimento
em educação é o que será o diferen-
cial. “Cada profissional é responsável
pela sua formação e condução de sua
carreira. Já foi o tempo em que isso era
papel desempenhado pelas empresas.
É lógico que vale a pena investir na pro-
fissionalização e no aperfeiçoamento
– sempre”, defende. O Irem é uma das
mais significativas associações do setor
em âmbito internacional e atuante em
países como Rússia, China, Espanha e
Japão. A instituição, juntamente com
o Secovi, proporciona o Programa de
Certificação Internacional de Adminis-
tradores de Propriedades Residenciais
e Gerentes de Condomínios (em inglês
Accredited Residential Manager – ARM).
Na prática, quemnão se atualiza cor-
re o risco de ficar estagnado no merca-
do de trabalho, ainda mais em tempos
de crise. Vale dizer que só “fazer cursos”
não basta é preciso dedicação, per-
severança e resiliência. Momentos de
adversidade também funcionam como
bússolas e alternativas para o desenvol-
vimento de novos produtos e serviços.
Quem não for atrás fica desatualizado.
MOMENTO DE INVESTIMENTOS
Que o mercado em geral passa por
um período não muito alvissareiro, é
notório. Há pelo menos dois anos, os
números do setor em quase todos os
segmentos não são bons e a retração
ou o “pé no freio” são a dinâmica. Esse
momento não é diferente no mercado
de imóveis corporativos. Mesmo assim,
vale a pena investimento em educação
e profissionalização, sejam pessoais ou
das empresas? A opinião geral é que
sim, deve-se investir na melhoria dos
serviços, pois o mercado não estará
sempre em baixa e quem se destacar
agora, se destacará ainda mais com pe-
ríodos de bonança.
Vale a pena ir atrás desse diferen-
cial? É possível otimizar recursos com
melhoria de processos e bom uso de
ferramentas. Precisamos lembrar que o
cenário é sempre dinâmico e que os ci-
clos estão cada vez mais curtos, então,
não investir não é uma opção.
Para o Professor Graça, a retração
do mercado é efeito colateral dos pro-
blemas econômicos do País, o que cau-
sa também redução nas oportunidades
para os profissionais do setor. “Há que
se ter criatividade e descobrir novos ca-
minhos neste período de severa crise
por que passa nosso País”, defende.
Já Ferrari, da RCIS, acredita que,
com a retração do mercado imobiliário,
os profissionais do segmento, assim
como em outros trades, sentem o peso
da reversão de forças na equação ofer-
ta e demanda, mas ela também acre-
dita que há como se destacar. “Profis-
sionais reconhecidos pelo mercado por
sua qualidade técnica e ética, e com
possibilidade de atuação internacional
têm maiores chances de sucesso. Já os
menos preparados devem correr para
diminuir o gap, por meio de cursos es-
pecializados de modo a aumentar suas
chances de sucesso.”
Milton Jungman, Presidente da CoreNet Global
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