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Outsourcing & Workplace
“Em minha opinião, investir em
educação e profissionalização deve ser
uma prioridade para todos, sempre,
em qualquer momento, independente-
mente da conjuntura econômica. Não
coincidentemente, esses são dois dos
principais pilares da CoreNet Global”,
afirma Jungman.
ENGATINHAR OU SER LEÃO
Olhar para fora e ver o que outros
países mais adiantados em real estate
e facilities desenvolvem pode ser um
benchmarking excelente, e claro que
vivenciar in loco essa experiência exter-
na seria o ideal. “Há uma necessidade
de organização do mercado e que as
lideranças estejam a par da realida-
de em outros países. É difícil para um
recém-chegado ao setor avaliar opor-
tunidades de formação fora do Brasil.
Minha recomendação é que primeiro se
integrem e aos poucos descubram as
possibilidades no exterior. Aponto que
para atuar nessa área é praticamen-
te imprescindível o conhecimento da
língua inglesa, uma vez que há pouco
material produzido em português. Os
intercâmbios, são extremamente úteis
para evidenciar as diferenças na gestão
em diversos países, bem como conhe-
cer as práticas de outros locais”, coloca
o Professor Graça.
De acordo com Ferrari, existem di-
versos graus de maturidade de mer-
cado no mundo e geralmente o pro-
fissional que atua nesse segmento é
influenciado pelo cenário em que está
inserido. No entanto, os mercados do
mundo estão mais voláteis e estar pre-
parado para enfrentar as diversas fases
do ciclo imobiliário é fundamental para
um bom profissional que deseja uma
vida ativa com longevidade.
Também é possível ter no Brasil uma
certificação internacional. Segundo Lis-
boa, do Secovi, com um investimento
médio em torno de R$ 6,5 mil a R$ 7 mil
(os dois módulos), o interessado pode
conseguir a formação por meio de um
programa denominado Equivalency
Program, da Universidade Secovi. Os
cursos são ministrados por professores
do Brasil e a documentação enviada
dos Estados Unidos. Os interessados
precisam se submeter ao código de éti-
ca americano, prestar juramento etc.
Eles terão acesso, por meio de um site,
a conteúdo bibliográfico, formulários,
workshops.
“É preciso estar aberto ao novo,
ter domínio do inglês (ou investir um
pouco mais de tempo para junto com
o curso, aprofundar os estudos na lín-
gua), dominar as novas tecnologias e
saber utilizar as ferramentas disponí-
veis (nos EUA, é muito mais comum as
empresas trabalharem com equipes
pequenas e usarem aplicativos, soft-
wares e outras tecnologias para otimi-
zar o dia a dia profissional). Acho que
devemos seguir o exemplo – o pro-
fissional deve ser multitarefa e estar
sempre on-line”, explica.
OLHANDO PARA O FUTURO
O mercado pode até não estar em
seus melhores momentos, mas sabe-
mos que essa não é uma crise sem fim,
como já vimos em outros países. O Bra-
sil tem a cultura da esperança arraiga-
da em todos os setores. A frase “Não há
mal que dure para sempre nem bem
que nunca se acabe” pode ser consi-
derada uma máxima para nossa eco-
nomia. Por isso, apostar no melhor é
sempre o melhor.
Assim, quisemos saber como os
especialistas veem o mercado de faci-
lities, real estate e de imóveis corpora-
tivos daqui a cinco ou dez anos. E mais,
como a educação e a profissionaliza-
ção serão inseridas nesse contexto.
Para Jungman, da CoreNet Global,
existem dois caminhos de futuro que
podem considerados complementa-
res, a educação e a busca por melhores
empresas do setor. Ele entende que
nos próximos anos quem quiser crescer
deve continuar a se profissionalizar, tal-
Fernanda Lisboa, Presidente do
Capítulo Brasileiro do IREM
Marcia Ferrari, Head of Development
Latin America do RICS
Divulgação
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