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INFRA

Outsourcing & Workplace

vez com um ritmo mais lento, mas essa

é uma tendência é irreversível.

Para Ferrari, em um mundo cada

vez mais dinâmico e que passa por

profundas transformações sociais, tec-

nológicas e culturais que trazem con-

sigo maior complexidade ao ambiente

de negócios, o amadorismo perde aos

poucos seu espaço para o profissiona-

lismo total. A guerra por recursos finan-

ceiros e humanos transcende limites

geográficos e impõe standards interna-

cionais para os que querem participar

desse grande playground. Segundo

ela, o Brasil tem papel importante na

América Latina e a correção de rumo

que arduamente se enfrentará nos le-

vará a conquistas maiores e melhores.

Há muito a fazer no gerenciamento de

facilidades no que se refere à desbu-

rocratização, marcos regulatórios, no-

vos modelos de negócio e de contrato

para infraestrutura, com mecanismos

de controle de custos e acima de tudo

exercitar a ética com tolerância zero e

punição exemplar. “Ainda não é possí-

vel ‘viajar’ para o futuro, mas tenho cer-

teza de que ele será brilhante se cada

um de nós assumirmos as responsabi-

lidades que nos cabem como profissio-

nais e como membros da sociedade, e

darmos o exemplo para que as novas

gerações entendam que a educação e

o trabalho são as únicas ferramentas

para o sucesso, a riqueza e a felicida-

de”, defende.

Lisboa vê o setor emdesenvolvimen-

to, fundamentado em pilares em que a

ética, a profissionalização dos times e

a autorregulamentação das empresas

ganham força e se espalham pelo mer-

cado. Segundo ela, ainda temos vários

problemas com os chamados “piratas”,

síndicos profissionais que se autoin-

titulam “experientes”, sem conhecer o

escopo de atuação e as questões re-

lativas à responsabilidade civil, que

aviltam o mercado cobrando preços

abaixo dos praticados. Mesmo assim,

ela acredita que o tempo servirá para

burilar e aperfeiçoar o segmento. “Falar

nos próximos dez anos no cenário atual

é quase inconcebível por conta das inú-

meras incertezas. O que precisamos é

cultivar a resiliência, a tenacidade, a

humildade de aprender e a paciência;

especializar-se em mercados e nichos,

como o voltado ao público sênior; agre-

gar valor aos serviços ofertados; formar

boas parcerias, que se sustentem com

o tempo, entre outras medidas”, afirma.

Já o Professor Graça acredita que

quem atua nesse mercado tem o dever

de ter um papel ativo. Para ele, o cres-

cimento do mercado e das necessida-

des e dos desejos por locais melhores,

mais saudáveis, mais agradáveis, mais

produtivos aumentará. Deve-se estar

preparado para isso, promovendo o

crescimento da educação e divulgação

do setor por todos aqueles envolvidos,

de alguma maneira, e isso depende de

educadores e de profissionais. “Estou

certo de que o desenvolvimento deve

ser feito por todos nós e não somente

para nós. Assim, entendo que a partici-

pação autêntica e proativa é a grande

alavanca para suportar as transforma-

ções e atender a forte demanda que

avizinha em um futuro próximo. Acre-

dito que profissionais com visão sistê-

mica, com zelo pela sociedade e com

paixão pela sua atividade profissional

sempre encontrarão seu lugar ao sol,

não importando que para isto tenham

que passar por caminhos espinhosos

vencendo os obstáculos que se apre-

sentarem”, conclui.