Revista Infra junho 2014 - page 12

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Outsourcing & Workplace
são as dificuldades de investimentos
dos hospitais impactados pela impos-
sibilidade de acesso a novas fontes de
capital, alta carga tributária do setor e
ineficiência de escala (porte reduzido e
falta de redes), entre outras”.
Atualmente, a oferta corresponde
a 2,3 leitos para cada mil habitantes e
2,6 leitos para cada mil beneficiários,
menos que o padrão preconizado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS),
que é de três a cinco leitos para cada
mil habitantes.
Para dar conta dessa demanda cres-
cente, a Anahp estima serem necessá-
rios investimentos da ordem de R$ 4,3
bilhões a R$ 7,3 bilhões até 2016, por
parte dos hospitais privados. Aomesmo
tempo em que há uma forte demanda
por investimentos no setor, existe uma
escassez de fontes de financiamento, já
que a legislação brasileira, por meio de
seu texto constitucional, proíbe a entra-
da de capital estrangeiro nas empresas
privadas que prestam assistência à saú-
de, incluindo hospitais.
Ainda assim, o setor já investe uma
média de 10% de toda a receita anual
na ampliação de estruturas e na aqui-
sição de novos equipamentos. O ín-
dice é comparável ao nível de investi-
mento dos laboratórios e superior ao
observado entre operadoras de planos
de saúde (2%) e da indústria farma-
cêutica (4%).
Nesse cenário, reduzir custos e oti-
mizar processos e equipamentos, sem
perder de vista a própria razão de ser do
negócio, é a estratégia que vem sendo
adotada pelos grandes hospitais para
fazer frente em um mercado cada vez
mais competitivo e crescer para aten-
der à demanda em expansão. O pa-
ciente vira cliente. Entram em cena os
conceitos de hospitalidade, de humani-
zação, de adoção de novas tecnologias,
de sustentabilidade e do trabalho de
comunicação e marketing.
HIGIENIZAÇÃO HOSPITALAR
Um dos pontos mais sensíveis de
um hospital é o da higienização hospi-
talar. Ele é o responsável pelo controle
das infecções que, uma vez falho, pode
ser fatal para o paciente. Mas é também
nele que residem possibilidades de
otimização. Em um hospital de grande
porte em São Paulo, por meio do uso
da mecanização na higienização de sa-
las cirúrgicas, a Brasanitas Hospitalar
conseguiu reduzir em 77% o consumo
de água e em 50% o consumo de sa-
neantes, por meio de um equipamento
com vapor de água, pressão e tempera-
tura; lavadoras automáticas, que lavam
e secam o piso em um único processo,
em detrimento do método convencio-
nal, que contempla uso de panos, apli-
cação de produtos químicos e enxague,
em superfícies; e o uso de enceradeiras
e secagem com aspiradores de líquidos
ou rodos, em pisos.
O mais importante, no entanto, foi
a redução de 58,43% no tempo de rea-
lização da limpeza, como elenca Gio-
vanna Araujo, diretora de operações
da empresa. “O foco está na produtivi-
dade, principalmente, de serviços que
impactam na receita do hospital, como
gerenciamento de leitos e liberação de
salas cirúrgicas. Por isso, temos traba-
lhado na busca de tecnologia, novos
produtos, equipamentos e acessórios
para mecanizar os processos. A partir
Giovanna Araujo
da Brasanitas
Hospitalar:
“Busca por
novidades
tecnológicas
em produtos e
equipamentos,
com foco na
produtividade
 Reduzir custos e
otimizar processos e
equipamentos - só na
higienização a Brasanitas
Hospitalar já conseguiu
reduzir em 77% o consumo
de água, 50% o de
saneantes e diminuir em
quase 60% o tempo de
realização da limpeza 
Divulgação
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