Revista Infra junho 2014 - page 14

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Outsourcing & Workplace
de tais medidas, os ganhos em produ-
tividade podem variar de 5% a 40% de-
pendendo da atividade, equipamentos
e procedimentos envolvidos”, afirma.
No Hospital Albert Einstein, segun-
do a gerente de serviços técnicos, An-
drea Vaine, e o gerente de manutenção,
Arnaldo Felix de Oliveira, uma atuação
importante em andamento está focada
justamente no processo de limpeza e
conservação de ambientes. Trabalho
realizado a partir de quatro pontos
principais: tecnologia, mão de obra, re-
cursos e insumos.
AUTOMAÇÃO E TI – FEITO POR
E PARA HUMANOS, MAS COM
A AJUDA DA TECNOLOGIA
Assim como nos processos de higie-
nização, o uso da tecnologia é aliado
para ganho de confiabilidade e redução
de custos em outros processos.
Nos grandes hospitais, a conheci-
da Ordem de Serviço (OS) manual foi
substituída. Conforme explica Roveri,
hoje as informações técnicas dos equi-
pamentos de áreas críticas e leitos são
inseridas em um software, gerando au-
tomaticamente uma etiqueta QR Code,
pela qual a operação realiza leitura das
informações e faz um check-list especí-
fico da atividade. Assim que o operador
finaliza o serviço, os dados são enca-
minhados para a base controladora,
responsável por armazenar e disponi-
bilizar em tempo real as informações a
todos os envolvidos – gerentes, super-
visores e o próprio cliente.
Como sugere o significado da sigla
QR (Quick Response), o sistema dá res-
postas que podem ser interpretadas
rapidamente. A finalidade é monito-
rar processos e atividades, oferecendo
análises que podem servir de base para
tomada de decisão operacional, avalia-
ção de investimentos ou planejamento
orçamentário.
As principais vantagens, elenca Arau-
jo, são a economia no tempo de pro-
cessamento das informações (estimada
em 70%) e no consumo de papel (de
até 40%). “Outro aspecto importante é
que com a aplicação do tablet e do Infra
Code temos um grande ganho na con-
fiabilidade de rondas em áreas críticas
(leitos de hospitais, ar condicionado,
geradores, entre outros), além de de-
termos garantidas a rastreabilidade e
transparência dos serviços”, acrescenta.
O Einsten é um dos que utiliza a
tecnologia estrategicamente não só
nos trabalhos de manutenção, mas
também para suporte da própria prá-
tica médica. Em algumas posições de
enfermagem foi instalado um sistema
que permite que as informações dos
pacientes sejam gravadas no prontuá-
rio eletrônico pelo comando de voz.
Nas Unidades Perdizes-Higienópolis e
Ibirapuera e em algumas áreas da Uni-
dade Morumbi, a ferramenta foi 100%
implantada em 2013 e deve ser expan-
dida para todas as unidades até 2016.
SUSTENTABILIDADE
“Sejamos sustentáveis porque isso
nos traz ganhos em qualidade, opera-
cionais e financeiros”, resume Mata, do
Hospital Sírio Libanês. Com base nesse
princípio, a instituição vem investindo
fortemente em processos de automa-
ção e equipamentos mais eficientes,
como a implantação de uma nova tec-
nologia no sistema de ar condiciona-
do 50% mais eficiente; uma Estação
de Tratamento de Efluentes (ETE), que
viabiliza o reuso das chamadas “águas
cinza”; um poço artesiano, juntamente
a uma Estação de Tratamento de Água
(ETA), responsável pelo abastecimento
de 20% da demanda por água potável
e um sistema de aquecimento solar da
água dos chuveiros. Alémdas iniciativas
adotadas nos novos espaços, as tecno-
logias aplicadas vêm sendo gradativa-
mente inseridas nas áreas construídas,
conforme sua viabilidade técnica. Essas
e outras ações sustentáveis possibilita-
ram que o hospital conquistasse certifi-
cação LEED do Green Building.
Entre as inovações, Mata destaca o
“lixoduto” – um novo meio de transpor-
te de resíduos e roupas sujas por meio
de sistemas pneumáticos. A novidade
já consta da lista de práticas sustentá-
veis a serem adotadas pelo Einstein,
juntamente a um equipamento de
plasma para processar o material. “Os
dutos pneumáticos – sistema de movi-
mentação baseado em correntes de ar
por meio do qual é possível dispensar
o lixo com segurança, já que não sofre
queda livre – resolvem a questão da
circulação dos resíduos no ambiente
hospitalar, que demanda treinamento
de mão de obra, expõe colaboradores
e pacientes a riscos de contaminação,
e geram um ambiente menos assépti-
co. Já o equipamento de plasma, cuja
escala de utilização vem crescendo no
Brasil e no mundo, opera a altas tempe-
raturas e tem a função de decompor o
lixo e gaseificá-lo quase por completo,
reduzindo em 90% o volume de rejeitos
e gerando energia que pode retroali-
mentar a própria máquina”.
Para Escobar, “A somatória de todo
o saber e experiência já adquirida em
arquitetura hospitalar mais o conceito
abrangente de edifício verde transfor-
marão ainda mais o estado da arte do
hospital contemporâneo”.
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