Revista Infra outubro 2014 - page 66

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Outsourcing & Workplace
O maior entrave para o cres-
cimento das empresas de asseio
e conservação é a falta de mão
de obra e o alto investimento
para capacitação. As pessoas
que chegam ao nosso segmento
é o que chamamos de ‘refugo’,
sem contar a concorrência com
o Bolsa Família. Por isso, temos
que fazer um alto investimento
em capacitação e recapacitação,
premiação diferenciada para
manter os funcionários, o que
eleva o custo da contratação.
Enquanto isso, o contratante faz
a conta comparando, apenas,
o valor do salário da categoria.
Além disso, temos dificuldade
em atender as cotas do Menor
Aprendiz, dos 5% de PNEs, so-
mados às questões urbanas e de
transporte que não colaboram
com a classe trabalhadora no ir
e vir ao trabalho. O governo pre-
cisa entender melhor os desa-
fios do nosso mercado e aí, sim,
propor propostas coerentes .
Ruy Luiz Ibelli
, sócio-diretor
do Grupo Monteiro Soluções
Integradas em Serviços.
Cada vez mais precisaremos
pensar em automação, meio am-
biente, sustentabilidade e, acima
de tudo, estar muito preparado
para vencer todos os desafios
jurídicos, fiscais e tributários en-
volvidos. Minha expectativa é
de contínuo crescimento, lento,
porém firme. Tudo ficaria me-
lhor se a terceirização fosse en-
carada como uma estratégia de
negócios. De outro lado, temos
o apoio das entidades do setor.
A vida do empresário é extre-
mamente solitária. Quando en-
contramos pessoas que têm os
mesmos desafios e expectativas,
podemos trabalhar em sinergia
para encontrar soluções. Mobili-
zados e unidos, somos uma voz
forte. O grande desafio é a forma-
çãodos novos empresários, atua-
lização permanente de quem
está no dia a dia enfrentando
mudanças constantes do setor e
na cadeia produtiva. Amotivação
será sempre a palavra-chave para
que cada vez mais empresários
façam parte dessas associações
empresariais .
Pedro Salla Ramos Filho
,
presidente da Maxi Service,
diretor-secretário do Seac-
SP e diretor da revista
HigiPlus pela Abralimp.
Existemmuitos entraves para o
crescimento do setor, como falta
de profissionalismodo segmento,
falta de reconhecimento legal da
atividade por parte do governo e
por meio da legislação, que está
emperrada e sem ações concre-
tas para definição imediata. Há
ainda a alta dos salários e encar-
gos que impactam nos preços
sem compromisso com a produ-
tividade, a falta de indicadores
confiáveis, o desconhecimento
da importância da terceirização
por parte do contratante (que
muitas vezes não sabe estabe-
lecer escopo e nem identificar o
melhor parceiro de acordo com
a sua cultura e seus valores). Nes-
te caso, contratam mão de obra
e não os serviços. O mercado
também carece de maturidade:
muitos contratantes confiam os
processos de terceirização ou
contratação aos profissionais
de RH, que por falta de conhe-
cimento trabalham contra a ter-
ceirização por acharem que esta
prática é uma ameaça à atuação
deles. Por isso, acredito que 2015
serámuito ruimpara quemvende
somente mão de obra e menor
preço, mas de oportunidade para
quemestá preparado comgestão
enxuta, para aquele que utiliza
a tecnologia na gestão, que faz
uso dos equipamentos e técnicas
certos para simplificar e reduzir
custos – objetivo atual e que deve
persistir nos próximos anos .
Djalma Quintino Malta Filho
,
diretor da Dikma Facilities,
presidente da ASES (Associação
dos Empresários da Serra/ES) e
Conselheiro Fiscal do Seac-ES.
O cenário político segue nebu-
loso e incógnito, certamente in-
fluenciando a economia do País.
Os empresários estão receosos,
pois os resultados apresentados
pelo Brasil, até o momento, de-
sanimam. O setor de serviços é
o primeiro a ser impactado em
momentos de instabilidade, e
de modo significativo. No seg-
mento que defendo, projetamos
um aumento médio de 3% no
faturamento para esse segundo
semestre. Ainda como presiden-
te do Sindeprestem, reforço que
os sindicatos patronais traba-
lham a favor do empresário, por
isso é tão importante participar
ativamente das ações propostas
pelas entidades. Somente dessa
maneira o empresário contribui
para o crescimento do setor no
qual atua, com ideias e propos-
tas que, levadas adiante, resulta-
rão em benefícios e maior vanta-
gem competitiva .
Vander Morales
, presidente
do Sindeprestem (Sindicato
das Empresas de Prestação
de Serviços a Terceiros,
Colocação e Administração
de Mão de Obra e de Trabalho
Temporário no Estado de
São Paulo) e diretor da Clean
Service Gestão de Ambientes.
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