Revista Infra outubro 2014 - page 67

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INFRA
Outsourcing & Workplace
O mercado da terceirização,
particularmente na área de lim-
peza, vem crescendo ano a ano.
Entretanto, é preciso mudar a
legislação trabalhista brasilei-
ra, feita aos retalhos e arcaica .
Nosso setor ainda tem perspec-
tivas positivas, pois, em portu-
guês simplista, seus ‘heróis da
resistência’ compram a bronca
e mantém o mercado. Tenho
defendido, inclusive, que nossas
entidades se cerquem de boas
assessorias de imprensa. O setor
faz muito, gera empregos, capa-
cita, promove a inclusão social,
mas ao mesmo tempo é asfi-
xiado pelos tributos. Evolui tec-
nicamente, possui convenções
coletivas de trabalho bastante
abrangentes no tocante a bene-
fícios, não sabe cobrar, é vítima
de inadimplências, porém não
propaga, não é reconhecido, tra-
fega quase que anonimamente.
Observe que exemplos como
da Fundação do Asseio e Con-
servação do Estado do Paraná
(Facop) provam que vale a pena
investir no conhecimento. A
Fundação tem travado acordos
comerciais com a Itália, sendo
apreciada pela World Federa-
tion of Building Service Contrac-
tors (WFBSC [Federação Mundial
de Prestadores de Serviços da
Construção]), e no País ainda
não atingimos nossa visibilida-
de ideal .
Adonai Aires de Arruda
,
diretor-presidente do Grupo
de Serviços HigiServ e
presidente do Seac-PR.
2014 está sendo um ano atí-
pico com relação à economia,
principalmente no setor priva-
do, que acumula prejuízos. Isso
se reflete na prestação de servi-
ços, com redução de pessoal e
até inadimplência. Visando à re-
dução de custos, os tomadores
estão em busca de preço e não
de qualidade, o que influencia
diretamente o nosso segmento,
que trabalha com fatores subje-
tivos. Nossa empresa sempre se-
guiu o crescimento sustentável,
buscando parceiros com custo
e qualidade compatíveis. O que
acontece na área pública com
preços inexequíveis está acon-
tecendo também em certos se-
tores da área privada. Quanto a
2015, infelizmente teremos que
aguardar as eleições, embora
a aposta seja de que o cenário
não deve sofrer alterações. Te-
remos um ano de ‘ressaca’, com
retomada lenta da economia.
Ao mesmo tempo, enxergamos
oportunidades
interessantes.
Lembro que as empresas pres-
tadoras de serviços que não es-
tiverem organizadas correrão sé-
rio risco de não sobreviver com a
implantação do ‘e-social’ .
Marcos Nóbrega
, diretor da
AMA Serviços Personalizados
e presidente do Seac-ABC.
O mercado está cada vez
mais competitivo e exigente, e
os contratantes estão melhores
informados a respeito da nossa
atividade. Essa nova dinâmica
demanda uma prestação de ser-
viços cada vez mais especializa-
da, profissional. Na outra ponta,
temos um enorme contingente
de pessoas procurando empre-
go, mas sem nenhuma qualifica-
ção profissional, o que atrasa e
dificulta a implantação de novos
postos e mesmo a manutenção
dos já existentes. Capacitar tec-
nicamente e profissionalmente
essas pessoas desempregadas
é um dos grandes desafios da
atualidade, para assim promo-
ver o crescimentos das empre-
sas e domercado. Já para 2015,o
cenário não é dos melhores. A
previsão é que seja mais difícil
que em 2014. Teremos vários
reajustes de preços, como da
água, da energia elétrica e prin-
cipalmente dos combustíveis, o
que fatalmente elevará o índice
de inflação. Ainda haverá muita
cautela em relação aos investi-
mentos, até o mercado ter certe-
za dos rumos da economia após
as eleições presidenciais .
Sidney Tinoco
, sócio-
administrador do Grupo
Muralha, diretor patrimonial
da Sesvesp (Sindicato das
Empresas de Segurança
Privada, Segurança Eletrônica e
Cursos de Formação do Estado
de São Paulo) e vice-presidente
para Assuntos de Segurança
Patrimonial Adjunto da
Fenavist (Federação Nacional
das Empresas de Segurança
e Transporte de Valores).
Estamos nos qualificando
paulatinamente
sobre
uma
base sólida e organizada para
crescermos de forma sustentá-
vel, contudo, fatores externos
podem dificultar esse processo
haja vista as incertezas da con-
juntura econômica, associadas
à insegurança jurídica nos cam-
pos Tributário e Trabalhista,
especialmente no tocante ao
futuro da Terceirização. Quando
avaliamos a conjuntura econô-
mico/político para 2015, um ce-
nário de mudanças, certamen-
te, faz-se necessário cautela e
prudência. Nossa percepção é
que será um ano de profundos
ajustes macroeconômicos, com
baixo crescimento da economia
e pouco investimento, principal-
mente para os nossos clientes
nos segmentos da indústria/in-
fraestrutura. Ainda assim, neste
cenário cauteloso, acreditamos
num crescimento alinhado com
o que o setor obteve em média
nos últimos 3 anos, ou seja, en-
tre 10% e 12%. Acreditamos que
o setor de serviços continuará
sendo uma das principais fon-
tes vigorosas de recuperação da
economia .
Paulo Icó
, conselheiro
executivo do SEAC-SP e
diretor de Desenvolvimento
de Negócio & Relações
Institucionais do Grupo GPS.
Fotos Divulgação
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