Revista Infra outubro 2014 - page 72

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Outsourcing & Workplace
CONSTRUIR SUSTENTÁVEL
Confira o case do projeto
Pedra Branca (SC) e a
parceria público-privada a
favor da gestão de resíduos
sólidos on-line no estado
de São Paulo, apresentados
na primeira Expo
Arquitetura Sustentável
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL |
por Larissa Gregorutti
T
endo como missão aproximar os
temas construção e arquitetura
sustentáveis a consumidores, enge-
nheiros, arquitetos e outros profis-
sionais, foi realizada em São Paulo a
primeira Expo Arquitetura Sustentável
– Feira Internacional de Construção,
Reforma, Paisagismo e Decoração,
entre os dias 26, 27 e 28 de agosto, no
Expo Center Norte.
Evento de negócios organizado pela
Reed Exhibitions Alcantara Machado,
com apoio institucional de diversas en-
tidades do setor, reuniu diversos pales-
trantes para o congresso que aconteceu
paralelo à feira, possibilitando o debate
entre várias cadeias da construção em
busca da sustentabilidade.
O diferencial foi oferecer aos parti-
cipantes a oportunidade de conhecer
mais sobre diversas normas de certi-
ficações ambientais existentes, entre
elas a AQUA – HQE, BREEAM e SKA RA-
TING (Reino Unido); DGNB (Alemanha);
LEED (EUA); GREEN GLOBES (EUA e
Canadá); EDGE (Banco Mundial); FSC,
PROCEL, A3P, BH Sustentável e SELO
AZUL (Brasil). Segundo Paulo Octavio
Pereira de Almeida, vice-presidente
da Reed Exhibitions Alcantara Macha-
do, durante a cerimônia de abertura
da conferência “é preciso mostrar que
toda cadeia pode ser sustentável, tra-
zendo informações e a discussão mais
democrática possível para descobrir
quais são as certificações existentes,
como adquiri-las, e quais são as técni-
cas e dicas para tornar as edificações
mais sustentáveis”.
Dentre os painéis apresentados du-
rante o congresso, na sessão Projetos
Verdes: o projeto Cidade Pedra Branca
(SC) provou que é possível estruturar
uma cidade em prol do urbanismo sus-
tentável. O projeto, inclusive, acabou
de ser premiado no quesito Urbanismo
– Cidade Criativa no 20º Prêmio Master
Imobiliário, promovido pela Fiabci/Bra-
sil (Capítulo Brasileiro da Federação In-
ternacional das Profissões Imobiliárias)
e o Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
O processo de criação começou em
2005, quando empreendedores apro-
fundando-se no tema “Novo Urbanis-
mo”, e após contratar o escritório DPZ
Latin America, de Miami, propuseram
criar uma cidade pensada para as pes-
soas, com centralidades mais compac-
tas, densas, completas e conectadas.
Para isso, foi utilizado o método
“Charrete” de trabalho, que são work-
shops realizados com o objetivo de
diminuir os conflitos existentes na ne-
gociação e criar soluções de engenha-
ria e arquitetura, envolvendo todos os
agentes que podem de alguma manei-
ra interferir no projeto. Através dessas
reuniões foi elaborado um master plan
com um conteúdo que transformou a
cidade de 250 hectares em um lugar
que prioriza as relações humanas, de
infraestrutura leve, conectada e funcio-
nal, hoje com 300 hectares.
Para alcançar esses resultados, fo-
ram estabelecidos alguns princípios,
dentre eles:
1)
Prioridade ao pedestre: com o ob-
jetivo de criar o hábito de caminhar
entre as pessoas, foram feitas calçada
mais largas, semmeio fio, ou seja, o pa-
vimento do automóvel é o mesmo da
calçada; e foi pensado, também, o pai-
sagismo, a iluminação, a arte urbana,
entre outras coisas.
Fotos Divulgação
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