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INFRA

Outsourcing & Workplace

Analisando todo o processo do

projeto hoje já concluído, há algo

que você faria diferente?

É difícil acertar tudo de primeira. Acre-

dito que há pontos que poderíamos

ter olhado com mais atenção, mas não

tem como zerar os erros. O importante

é que aprendemos durante o projeto e

fomos corrigindo-o ao máximo ao lon-

go de seu desenvolvimento. Nos próxi-

mos, com certeza, teremos ainda mais

acertos, porque a tendência é sempre

aprimorar. Assim, como definimos uma

estratégia e uma metodologia, o en-

cerramento deste processo é conhe-

cer como as pessoas estão vendo esse

novo ambiente e entender os acertos e

os erros, para que os erros sejam trans-

formados em aprendizados para os

próximos.

Houve algum tipo de resis-

tência à mudança?

O processo de mudança, naturalmen-

te, inclui as fases de compreender o

novo, experimentar e entender. Sem fa-

lar que há perfis diferentes de pessoas:

as que chegam e já querem experimen-

tar as novidades e as que vão reagindo

mais de acordo com o tempo. O que é

normal do ser humano. Mas, para aju-

dar nossos colaboradores a se adaptar

mais facilmente, tivemos o que chama-

mos de change management: parcei-

ros contratados para conduzir, desde

o início, todo o processo de mudan-

ça. Em um primeiro momento fazen-

do pesquisas por meio de conversas

e workshops, para entender como as

pessoas trabalham e suas necessida-

des, até o final, ajudando a escrever as

novas normas de trabalho e políticas

Onde sentíamos um pouco de dificul-

dade, íamos adequando rapidamente.

Mas foi muito prazeroso porque todos

estavam bastante engajados.

A relação da atividade non core

com a atividade core nem sempre é

sintonizada. Provar a importância

dessa sinergia é um desafio para

os profissionais de Facilities?

Cada vez mais, é importante que este-

jamos sentados com as pessoas que

definem as estratégias, ouvindo as

suas opiniões, para apurarmos a for-

ma mais efetiva de suportar o negócio

da empresa. Nossa missão é descobrir

quais as necessidades do negócio para

trazer a melhor solução. Então, é fun-

damental a proximidade com a ativi-

dade-fim.

O PROJETO

EM NÚMEROS

Tempo da concepção à execução:

15 meses

Investimento:

US$ 5 milhões

Economia gerada:

US$ 10 milhões

Capacidade:

de 876 para 1.150 pessoas

Flex desks:

de 0 para 210

Lockers:

de 0 para 418

Espaços colaborativos:

de 66 para 115

Quiet zones:

de 0 para 24

Focus room:

de 32 para 45

de uso dos espaços. Tudo isso, com

suporte da área de comunicação, para

manter os colaboradores bem infor-

mados durante todo o processo, prin-

cipalmente, porque este é um projeto

vivo. Os funcionários continuaram tra-

balhando no prédio. Fomos fechando

andar por andar e alocando as equipes

em uma área provisória, a qual chama-

mos “área-pulmão”.

Quais os desafios e aprendiza-

dos de colocar em prática toda

essa transformação, com a casa

cheia e em plena atividade?

Fazer um projeto desse, em um am-

biente vivo, proporcionou, tanto para

nós, quanto para os demais colabo-

radores, experimentar coisas novas, o

que, de certa forma, é uma provação

para a reflexão, um estímulo para o

exercício de vivenciar outras formas e

outras relações. E esta experiência é

algo que merece ser ressaltado. As pes-

soas tinham de sair do lugar delas, irem

para uma área provisória, que é mais

densa, e aprender e conviver de forma

diferente da usual com os colegas. Elas

tiveram a experiência de trabalhar mais

integradas em menos espaço e sem

todos os seus pertences, porque mui-

tas coisas foram guardadas durante a

reforma dos espaços. Mas quando elas

voltavam para seus lugares, reconhe-

ciam que foi proveitoso viver aquele

momento, trabalhar junto, conhecer e

conversar com outras pessoas. Por isso,

acredito que também contribuímos

para aproximar grupos, proporcionar

ambientes mais colaborativos e mais

inovadores.

Por cada andar que passávamos, tirá-

vamos aprendizados para o próximo.