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78 INFRA

Outsourcing & Workplace

OBRA CONCEITUAL

 Construtora capixaba segue a cartilha da certificação e inaugura

sede orientada pelos fundamentos da sustentabilidade

O

s investimentos na cons-

trução civil iniciados

em 1980 renderam tanto

que, após os 7 mil imóveis

entregues, a incorporadora,

construtora e comercializa-

dora Lorenge decidiu erguer

uma nova sede, em Vitória,

no Espírito Santo. O projeto

incluiu diretrizes ambientais

que ambicionavam reduzir o

impacto ambiental do edifí-

cio e, claro, o recebimento da

certificação LEED NC, Gold.

O planejamento da nova

sede observou fatores como

o uso de materiais não

agressivos e com eficiência

comprovada, sistemas inteli-

gentes de condicionamento

de ar e iluminação, meios de

transporte, além de proce-

dimentos racionais de cons-

trução. O projeto também

A arquiteta

Myrion

Syrrah Fachetti

é coordenadora

de projetos. Com

graduação pela

Universidade Federal

do Espírito Santo

(UFES) e MBA em

Gestão de Projetos e

em Gestão Empresarial

pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV), atua na

área há 20 anos. Já

a arquiteta

Virgínia

Altoé Valdetaro

é

analista de projetos.

Graduada pela UFES e

mestre em Tecnologia

Ambiental pelo

Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT), está

no ramo há dez anos

considerou a diminuição na

geração de resíduos e o con-

forto e qualidade do espaço.

Para isso, a construtora

seguiu a cartilha dos em-

preendimentos verdes e

estimou, por meio de uma

simulação entre o modelo

tradicional e o que estava

sendo construído, o poten-

cial de redução do consumo

de água e de energia elétri-

ca. As medidas realizadas

após a ocupação da sede

mostraram resultados ainda

mais positivos.

“Em comparação a um

edifício de mesma tipologia,

sem utilização das melhorias

ambientais, chegamos ao

dado de economia de água

potável em torno de 47%,

se utilizarmos como base a

quantidade de litros per cap-

ta”, afirma Virgínia Altoé Val-

detaro , Analista de Projetos

da Lorenge. “Já a economia

de energia, utilizando como

base o consumo por metro

quadrado, mostra uma re-

dução de aproximadamente

25,5%”, completa a arquiteta.

Além da certificação do

empreendimento ter garan-

tido melhor custo/benefício

nos resultados referentes ao

uso eficiente da água e da

energia, outros indicadores

mostram que a construtora

desviou mais de 50% dos re-

síduos de obra dos aterros e

utilizoumais de 15%demate-

riais com conteúdo reciclado.

“Enquanto profissional, a

certificação trásdois viesesde

representatividade. Um deles

tem foco no envolvimento

com o desenvolvimento dos

projetos e acompanhamento

da obra, significando expe-

riência profissional gratifi-

cante e produtiva. Outro viés

é representado pelo uso do

edifício. A vivência diária no

espaço certificado e a veri-

ficação de que as medidas

adotadas são eficientes é a

LORENGE | 

por Alexandre Raith