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Outsourcing & Workplace
OBRA CONCEITUAL
Construtora capixaba segue a cartilha da certificação e inaugura
sede orientada pelos fundamentos da sustentabilidade
O
s investimentos na cons-
trução civil iniciados
em 1980 renderam tanto
que, após os 7 mil imóveis
entregues, a incorporadora,
construtora e comercializa-
dora Lorenge decidiu erguer
uma nova sede, em Vitória,
no Espírito Santo. O projeto
incluiu diretrizes ambientais
que ambicionavam reduzir o
impacto ambiental do edifí-
cio e, claro, o recebimento da
certificação LEED NC, Gold.
O planejamento da nova
sede observou fatores como
o uso de materiais não
agressivos e com eficiência
comprovada, sistemas inteli-
gentes de condicionamento
de ar e iluminação, meios de
transporte, além de proce-
dimentos racionais de cons-
trução. O projeto também
A arquiteta
Myrion
Syrrah Fachetti
é coordenadora
de projetos. Com
graduação pela
Universidade Federal
do Espírito Santo
(UFES) e MBA em
Gestão de Projetos e
em Gestão Empresarial
pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), atua na
área há 20 anos. Já
a arquiteta
Virgínia
Altoé Valdetaro
é
analista de projetos.
Graduada pela UFES e
mestre em Tecnologia
Ambiental pelo
Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), está
no ramo há dez anos
considerou a diminuição na
geração de resíduos e o con-
forto e qualidade do espaço.
Para isso, a construtora
seguiu a cartilha dos em-
preendimentos verdes e
estimou, por meio de uma
simulação entre o modelo
tradicional e o que estava
sendo construído, o poten-
cial de redução do consumo
de água e de energia elétri-
ca. As medidas realizadas
após a ocupação da sede
mostraram resultados ainda
mais positivos.
“Em comparação a um
edifício de mesma tipologia,
sem utilização das melhorias
ambientais, chegamos ao
dado de economia de água
potável em torno de 47%,
se utilizarmos como base a
quantidade de litros per cap-
ta”, afirma Virgínia Altoé Val-
detaro , Analista de Projetos
da Lorenge. “Já a economia
de energia, utilizando como
base o consumo por metro
quadrado, mostra uma re-
dução de aproximadamente
25,5%”, completa a arquiteta.
Além da certificação do
empreendimento ter garan-
tido melhor custo/benefício
nos resultados referentes ao
uso eficiente da água e da
energia, outros indicadores
mostram que a construtora
desviou mais de 50% dos re-
síduos de obra dos aterros e
utilizoumais de 15%demate-
riais com conteúdo reciclado.
“Enquanto profissional, a
certificação trásdois viesesde
representatividade. Um deles
tem foco no envolvimento
com o desenvolvimento dos
projetos e acompanhamento
da obra, significando expe-
riência profissional gratifi-
cante e produtiva. Outro viés
é representado pelo uso do
edifício. A vivência diária no
espaço certificado e a veri-
ficação de que as medidas
adotadas são eficientes é a
LORENGE |
por Alexandre Raith