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38 INFRA

Outsourcing & Workplace

milhões de passageiros/ano. O inves-

timento do primeiro ciclo que era de

R$ 2.065 bilhões foi ampliado para R$

2.850 bilhões. “Ao longo do projeto veri-

ficamos a necessidade de adequações

para evitar novas intervenções que se

fariam necessárias antes do segundo

ciclo de investimento. Esse foi um dos

itens pelos quais não concluímos as

obras a tempo. Sabíamos que tínha-

mos de atender a demanda da Copa

e garantimos essa infraestrutura, mas

fizemos o correto. Como a Agência Na-

cional de Aviação Civil (Anac) mesmo já

afirmou publicamente, estamos cons-

truindo para o futuro, como deve ser”.

TECNOLOGIA

O terceiro pilar citado por Possas é

a tecnologia. “Precisamos de processos

mais rápidos e menos check-ins invasi-

vos para que o cliente entre e saia mais

rapidamente do aeroporto. E se ele ti-

ver de ficar, que haja uma boa gestão

para prover banheiros limpos, um bom

atendimento, que o aeroporto seja um

lugar em que ele se sinta bem. É a tec-

nologia que vai guiar nossa experiência

com o passageiro”.

Esse tem sido um dos pilares tam-

bém das transformações realizadas no

Aeroporto de Guarulhos, que foi arre-

matado por R$ 16.213 bilhões (com

ágio de 373,51%) pelo consórcio Inve-

par, composto pelas empresas Investi-

mentos e Participações em Infraestru-

tura S.A. (Invepar) e Airports Company

South Africa (ACSA), da África do Sul.

A primeira iniciativa tomada para o

GRUAirport, como passou a ser chama-

do, foi a construção do Data Center de

500 m

2

de área instalado em uma sala-

-cofre. “Essa tecnologia está entre as

mais modernas e seguras do mundo,

bastante utilizada pelo sistema finan-

ceiro e em outros aeroportos inter-

nacionais”, destaca o Diretor de TI do

GRUAirport, Luiz Eduardo Ritzmann. A

inauguração do Terminal 3, emmaio de

2014, trouxe também uma novidade no

País: os e-gates. São 16 portões eletrô-

nicos de controle automatizado de pas-

saporte brasileiro, que reduz o proces-

so de inspeção de passaporte realizado

pela Polícia Federal de três minutos,

em média, para apenas 30 segundos.

A estimativa da concessionária é que

o fluxo de passageiros no controle de

acesso seja de 15% a 20% mais rápido.

Com a conclusão do projeto, o

GRUAirport passa a ser o primeiro ae-

roporto da América do Sul a instalar os

portões de controle de acesso, também

conhecidos por Bar Coded Boarding

Pass (BCBP).

Outra grande mudança na área de

TI foi a aquisição do Sistema de Geren-

ciamento do Aeroporto. Entre outras

vantagens, a tecnologia permite alocar

com mais agilidade os recursos utiliza-

dos para o embarque e o desembarque

de passageiros. Antes mesmo de um vôo

chegar, a área operacional recebe todas

as informações sobre aquela operação,

como tipo de aeronave, número de pas-

sageiros, total de bagagens e de carga,

equipamentos para mobilidade de pas-

sageiros com necessidades especiais,

entre outros dados. Assim, é possível

alocar, com bastante antecedência, re-

cursos como pontes de embarque, esca-

das, tratores, esteira de bagagens, ôni-

bus, entre outros equipamentos, caso a

aeronave pare em posição remota.

As obras também são grandiosas,

com destaque para o novo terminal,

cuja área é de 192 mil m

2

– maior que

as dos Terminais 1, 2 e 4 somadas. Com

capacidade inicial para 12 milhões de

passageiros, possui pátio de aerona-

ves com 34 posições, sendo que 20 têm

pontes de embarque.

Ainda assim, na pesquisa realizada

pela SAC no último trimestre de 2014 o ae-

roporto teve a segunda pior nota no ran-

king. Já na última edição (primeiro trimes-

tre de 2015) subiu para 9ª posição. Possas

adianta, no entanto, que a nova edição

deve mostrar uma evolução de todos os

aeroportos concedidos. “Grande parte do

investimento de Guarulhos teve foco na

área dos vôos internacionais, que repre-

senta apenas cerca de 20% do público

geral, talvez isso explique o desempenho”.

Nehrer, do RIOGaleão, pondera o

ranking feito pela pesquisa, uma vez

que, segundo ele, ela não considera o

perfil do aeroporto, se ele é de hub, de

origem, de destino, se tem mais ou me-

nos conexões, e isso impacta nos indica-

dores. “Não dá para comparar o aeropor-

to de Recife com o do Rio, pois eles que

têm perfis diferentes. A pesquisa nos traz

muitos subsídios para trabalharmos, mas

devemos ter cuidado quando colocamos

esses dados em forma de ranking”.

Luiz Eduardo Ritzmann,

Diretor de TI do GRUAirport

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