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Outsourcing & Workplace
milhões de passageiros/ano. O inves-
timento do primeiro ciclo que era de
R$ 2.065 bilhões foi ampliado para R$
2.850 bilhões. “Ao longo do projeto veri-
ficamos a necessidade de adequações
para evitar novas intervenções que se
fariam necessárias antes do segundo
ciclo de investimento. Esse foi um dos
itens pelos quais não concluímos as
obras a tempo. Sabíamos que tínha-
mos de atender a demanda da Copa
e garantimos essa infraestrutura, mas
fizemos o correto. Como a Agência Na-
cional de Aviação Civil (Anac) mesmo já
afirmou publicamente, estamos cons-
truindo para o futuro, como deve ser”.
TECNOLOGIA
O terceiro pilar citado por Possas é
a tecnologia. “Precisamos de processos
mais rápidos e menos check-ins invasi-
vos para que o cliente entre e saia mais
rapidamente do aeroporto. E se ele ti-
ver de ficar, que haja uma boa gestão
para prover banheiros limpos, um bom
atendimento, que o aeroporto seja um
lugar em que ele se sinta bem. É a tec-
nologia que vai guiar nossa experiência
com o passageiro”.
Esse tem sido um dos pilares tam-
bém das transformações realizadas no
Aeroporto de Guarulhos, que foi arre-
matado por R$ 16.213 bilhões (com
ágio de 373,51%) pelo consórcio Inve-
par, composto pelas empresas Investi-
mentos e Participações em Infraestru-
tura S.A. (Invepar) e Airports Company
South Africa (ACSA), da África do Sul.
A primeira iniciativa tomada para o
GRUAirport, como passou a ser chama-
do, foi a construção do Data Center de
500 m
2
de área instalado em uma sala-
-cofre. “Essa tecnologia está entre as
mais modernas e seguras do mundo,
bastante utilizada pelo sistema finan-
ceiro e em outros aeroportos inter-
nacionais”, destaca o Diretor de TI do
GRUAirport, Luiz Eduardo Ritzmann. A
inauguração do Terminal 3, emmaio de
2014, trouxe também uma novidade no
País: os e-gates. São 16 portões eletrô-
nicos de controle automatizado de pas-
saporte brasileiro, que reduz o proces-
so de inspeção de passaporte realizado
pela Polícia Federal de três minutos,
em média, para apenas 30 segundos.
A estimativa da concessionária é que
o fluxo de passageiros no controle de
acesso seja de 15% a 20% mais rápido.
Com a conclusão do projeto, o
GRUAirport passa a ser o primeiro ae-
roporto da América do Sul a instalar os
portões de controle de acesso, também
conhecidos por Bar Coded Boarding
Pass (BCBP).
Outra grande mudança na área de
TI foi a aquisição do Sistema de Geren-
ciamento do Aeroporto. Entre outras
vantagens, a tecnologia permite alocar
com mais agilidade os recursos utiliza-
dos para o embarque e o desembarque
de passageiros. Antes mesmo de um vôo
chegar, a área operacional recebe todas
as informações sobre aquela operação,
como tipo de aeronave, número de pas-
sageiros, total de bagagens e de carga,
equipamentos para mobilidade de pas-
sageiros com necessidades especiais,
entre outros dados. Assim, é possível
alocar, com bastante antecedência, re-
cursos como pontes de embarque, esca-
das, tratores, esteira de bagagens, ôni-
bus, entre outros equipamentos, caso a
aeronave pare em posição remota.
As obras também são grandiosas,
com destaque para o novo terminal,
cuja área é de 192 mil m
2
– maior que
as dos Terminais 1, 2 e 4 somadas. Com
capacidade inicial para 12 milhões de
passageiros, possui pátio de aerona-
ves com 34 posições, sendo que 20 têm
pontes de embarque.
Ainda assim, na pesquisa realizada
pela SAC no último trimestre de 2014 o ae-
roporto teve a segunda pior nota no ran-
king. Já na última edição (primeiro trimes-
tre de 2015) subiu para 9ª posição. Possas
adianta, no entanto, que a nova edição
deve mostrar uma evolução de todos os
aeroportos concedidos. “Grande parte do
investimento de Guarulhos teve foco na
área dos vôos internacionais, que repre-
senta apenas cerca de 20% do público
geral, talvez isso explique o desempenho”.
Nehrer, do RIOGaleão, pondera o
ranking feito pela pesquisa, uma vez
que, segundo ele, ela não considera o
perfil do aeroporto, se ele é de hub, de
origem, de destino, se tem mais ou me-
nos conexões, e isso impacta nos indica-
dores. “Não dá para comparar o aeropor-
to de Recife com o do Rio, pois eles que
têm perfis diferentes. A pesquisa nos traz
muitos subsídios para trabalharmos, mas
devemos ter cuidado quando colocamos
esses dados em forma de ranking”.
Luiz Eduardo Ritzmann,
Diretor de TI do GRUAirport
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