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14 INFRA

Outsourcing & Workplace

condomínio, onde abordamos o tema

sustentabilidade, além das reuniões

frequentes com o condomínio.

Como é sua relação com

os terceirizados?

É impossível imaginar facilities sem ter-

ceiros, principalmente no nosso caso,

que temos um time enxuto de head-

counts. São empresas que atuam em

limpeza, segurança, recepção, moto-

boy, motoristas, restaurante e copa, sem

falar nos aprendizes. E em momentos

de obras ou manutenções, esse número

aumenta ainda mais, com os escritórios

de arquitetura, entre outros serviços.

O que é mais desafiador no tra-

balho de gerenciar terceiros?

Aquele que acha que contratar uma boa

empresa para fazer o trabalho terceiri-

zado é o suficiente, está fadado ao fra-

casso. Os bons resultados mostram que

essa atuação deve ser conjunta. Somado

a isso, é preciso dispor de contratos bem

formulados, que incluem SLAs (Service

Level Agreement – “acordos de níveis

de serviço”, em português), cujas mul-

tas devem servir em último caso como

recurso para fazer com que o acordado

funcione. Controlar significa analisar da-

dos e assim tomar a melhor decisão.

Qual é a sua visão da terceirização?

Ela é necessária, uma vez que as com-

panhias precisam cada vez mais se de-

dicar ao seu negócio. A meu ver, as van-

tagens são muitas. Não só financeiras,

mas principalmente pela especialidade

e produtividade. Além de fazer girar a

economia. Faz tempo que trabalho com

outsourcing, já tive a oportunidade de

terceirizar departamentos inteiros e

melhorar significativamente a produti-

vidade. Sendo um processo bem feito e

humano, sou a favor e recomendo.

A sua área utiliza algum soft-

ware no dia a dia da gestão?

Temos uma ferramenta de workflow,

com o qual atendemos os chamados.

Não está integrado com os sistemas das

empresas terceirizadas, porém traba-

lhamos com algumas ferramentas ex-

clusivas de fornecedores. Por exemplo,

para motoboys e táxis, em que o próprio

usuário utiliza a ferramenta, enquanto a

área de facilities administra como usuá-

rio máster. Na equipe, temos também

um responsável por relatórios gerenciais

e KPIs – cujos números são analisados

semanalmente –, tratando-se de uma

excelente ferramenta para manter o pa-

drão de qualidade. Além do mais, como

o time já está acostumado a trabalhar

com estes números, qualquer curva es-

tranha nos KPIs leva a um comprometi-

mento geral para a sua regularização.

Algum recado para os líderes de FM?

Sim, o segredo do sucesso para um lí-

der de facilities está em seu time. Você

precisa montar uma equipe forte, de

pessoas comprometidas, capacitadas,

diria apaixonadas pela atividade de

servir e gerenciar. Aqui, não basta ter

aptidão. É preciso gostar do que se

faz, entender de verdade a sua impor-

tância para que a engrenagem funcio-

ne. Lembre-se: emergências não têm

hora marcada para acontecer. Outro

ponto importante é trabalhar de forma

estruturada, com foco na prevenção e

na melhoria contínua. A palavra-chave

é Planejamento. Tanto para continuar

dentro do budget quanto para entregar

projetos dentro do prazo com qualida-

de. Neste caso, não hesite em manter

aquela forte sinergia com os departa-

mentos de Compras e TI, como mencio-

nei. Também não deixe de agradecer e

reconhecer os envolvidos, mesmo que

a participação seja pequena. Por fim,

acredito que vale muito a pena enten-

der quais são as reais necessidades e

expectativas dos seus clientes. Não é

adivinhar, mas perguntar. Seja claro,

formalize o que pode e o que não pode

ser feito, quando e o nível de complexi-

dade para executar. Por fim, nunca dei-

xe de lado o feedback constante.

 Por saber da

complexidade

da função, dou

muito valor ao

feedback do

cliente …