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64 INFRA

Outsourcing & Workplace

O CAMINHO É O INTERIOR?

Com o tema “Soluções urbanas: In-

teriorização”, o segundo painel da tar-

de reuniu Flávio Amary, Presidente do

Secovi-SP; João Victor Araújo, Presiden-

te da BrDU Urbanismo; Marcelo Willer,

Diretor-presidente da Alphaville Urba-

nismo; e Teotônio Rezende, Diretor de

Habitação da Caixa Econômica Federal,

para discutir o crescimento das cidades,

como o mercado pode transformar mu-

danças em oportunidades e a atração

de investimentos no interior do País.

Para o Presidente do Secovi, em

estudo da entidade, mostrou-se que o

mercado imobiliário no interior é me-

nos volátil do que nas grandes capitais

e que a retração econômica é menor

nessas regiões. Raciocínio complemen-

tado por João Victor Araújo, da BrDU

Urbanismo, sediada em Goiânia. “São

poucos moradores, o que pode limitar

o volume de negócios, mas não estag-

nar. No entanto, são mercados que, em

momentos de crise como o que o Brasil

tem passado, pela força do agronegó-

cio, pela questão do câmbio e do preço

das commodities, não sentem da mes-

ma forma os impactos negativos.”

Willer defendeu o mesmo raciocí-

nio, ampliando o eixo de pensamento.

Segundo ele, há disponibilidade de

grandes áreas fora do eixo Sudeste,

como o Centro-Oeste e o Nordeste, que

passam por grande desenvolvimento e

fazem crescer o mercado de loteamen-

to. Mesmo com recessão, o impacto da

crise ocorre de forma diferenciada nas

diversas regiões do País.

O representante da Caixa disse que

a instituição espera elevar a carteira de

financiamentos em torno de 12% ain-

da este ano. Passa por isso a queda de

juros, diminuição na inadimplência e

investimentos institucionais. Claro que

esse quadro efetivamente tem íntima

relação com todos os cenários positi-

vos apontados e caminhos que o mer-

cado – e os compradores – procura.

IMÓVEL TOUCH

No terceiro painel, “Negócios na era

digital”, de Ado Fonseca, CEO do Mo-

ving Imóveis; Brian Requarth, CEO do

VivaReal; e Eduardo Schaeffer, CEO do

Zap Imóveis, três dos mais importantes

players desse nicho, debateram como

a análise e a comercialização de dados

por empresas de internet podem movi-

mentar o setor. Segundo eles, o investi-

mento na contratação de econometris-

tas e estatísticos para transformar em

conteúdo os dados gerados pelas pla-

taformas será um caminho para driblar

a crise, pois essas informações podem

ser uma nova linha de produto para o

setor. O chamado Big Data, que é o fluxo

de informações geradas, armazenadas e

analisadas a partir o tráfego de internet.

De acordo com Fonseca, é funda-

mental ir onde o cliente está e, hoje,

com todas as Tecnologias de Informa-

ção e Comunicação (TICs) à disposição,

é possível fazer isso com a ponta dos

dedos. O Moving é um aplicativo que,

além de mostrar o imóvel, seus dados,

preço, região, permite que o interessa-

do explore todo o entorno e suas in-

fraestruturas. O VivaReal também vai

pelo mesmo caminho, com duas equi-

pes de tecnologia dedicadas ao levan-

tamento de informações. O site não co-

mercializa dados, mas oferece modelos

de negócios tendo o Big Data como fun-

damento. Segundo Requarth, um ban-

co de dados correto é muito importante

sobre e para o setor imobiliário.

O Presidente do Zap Imóveis disse

que a empresa tem uma equipe de 15

pessoas exclusivamente para tocar o

departamento de inteligência batizado

de DataZap.

NOVOS RUMOS, NOVAS

POSSIBILIDADES

No quarto tema dessa parte, foram

debatidos os “Novos rumos” do setor

e apresentados cases de quem soube

identificar oportunidades dentro de

novas tendências do mercado. Nesse

painel participaram Alexandre Lafer,

Sócio-Fundador da Vitacon; Ana Aurie-

mo, Diretora Comercial de Planejamen-

to e Mídia da JHSF Shoppings; e Walter

Torre Jr., Presidente do Conselho de

Administração na WTorre S.A., e mos-

traram as possibilidades de inovação

dentro do mercado.

No tocante a novas propostas para

o setor, Lafer destacou a questão do “fi-

nanciamento coletivo” (crowdfunding,

em inglês), e lembrou uma campanha

da empresa feita pela internet que arre-

cadou R$ 1,3 milhão para um empreen-

dimento na Vila Olímpia, em São Paulo.

Segundo ele, esse valor foi pouco mais

de 5%domontante para erguer o prédio,

mas serviu para testar uma modalidade

que ele acredita. Esse tema também foi

abordado no último painel do evento.

Auriemo falou da aposta da empre-

sa em outlets pelo País, um mercado

emergente, segundo ela. A empresa,

 Podemos fazer ensaios

de novas tipologias. Isso

foi aprovado em algumas

zonas corredores e vamos

testar. 

Fernando de Mello Franco

, Secretário Muni-

cipal de Desenvolvimento Urbano de SP