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17

INFRA

Outsourcing & Workplace

É um contrato de performance, certo?

Sim. Por isso nossa segunda responsabili-

dademais relevante é assegurar a entrega

dos serviços contratados de acordo com

os níveis estabelecidos. Como também é

comum em outras empresas, a Hewlett

Packard Enterprise temestruturas globais

encarregadas pela implementação de

transações imobiliárias, projetos e cons-

truções. Ainda que não tenhamos respon-

sabilidade direta pela execução desses

serviços, minha equipe e eu somos os

responsáveis finais, já que respondemos

junto aos clientes internos com relação a

todos os assuntos que dizem respeito a

Real Estate em nossa sub-região.

Como é formada a equipe?

Minha equipe é formada por sete profis-

sionais que são responsáveis por territó-

rios que compreendem um ou mais paí-

ses, dependendo do tamanho da carteira

de imóveis. Além disso, tenho o apoio

decisivo de umgerente de operações bas-

tante experiente, que acompanha todas

as rotinas e projetos, e que aconselha e

suporta a equipe para enfrentar novos

desafios. Como disse, temos com nosso

único fornecedor global de facilities ma-

nagement um contrato de performance,

de forma que não temos controle do nú-

mero de terceiros envolvidos, mas estimo

que sejamdemil a 1.200, compreendendo

gestão, serviços de escritório, manuten-

ção predial, limpeza, restaurante etc.

Quais características do seu perfil

têm feito a diferença nessa posição?

Uma característica pessoal – comum

a muitos arquitetos – é o gosto por co-

nhecer de tudo um pouco. Muitas vezes,

posso não dominar um assunto, mas sei

do que se trata em linhas gerais e, se for

preciso, sei como e a quemconsultar para

obter ajuda. Outro ponto que me ajuda

muito é o fato de ter trabalhado tanto

do lado do tomador como do prestador

de serviços. Isso não só me obriga a ter

uma atitude profissional e respeitosa em

qualquer lado damesa, mas tambémme

permite compreender melhor a flexibili-

dade e as dificuldades que cada uma das

partes temdecorrentes de seus contextos

empresariais. Finalmente, desenvolver

habilidades para transitar em ambientes

culturais distintos é absolutamente indis-

pensável para atuar internacionalmente.

Vai além do conhecimento de idiomas

e passa pelo interesse, entendimento e

respeito por outras culturas.

Como é o seu dia a dia? Você deve

viajar bastante para conseguir

“abraçar” um portfólio imobiliário

e de serviços tão robusto, não?

Nem tanto. Em média viajo de 15% a

20% do meu tempo de trabalho, prin-

cipalmente para estabelecer e manter

contatos mais frequentes com clientes

internos, acompanhar o progresso de

projetos e a eficácia das operações, e

participar de reuniões de planejamento

estratégico. A verdade é que através da

ferramenta de comunicação e colabora-

ção que empregamos na Hewlett Pac-

kard Enterprise, o Skype for Business,

eu, minha equipe e o time estendido

que compreende profissionais de tran-

sações e projetos, bem como fornece-

dores e clientes internos, estamos todos

em um único escritório virtual. Ainda

que de forma remota, trabalhamos de

maneira muito colaborativa e nos re-

unimos várias vezes por semana, seja

para revisões de operações e projetos

de cada território, seja para reuniões

de planejamento e acompanhamento.

Um ponto desafiador no dia a dia são

os fusos horários, não só porque du-

rante o verão fico deslocado seis horas

da Califórnia, quatro horas do México e

da Costa Rica, e três horas de Toronto,

mas também porque as mudanças ao

longo do ano requerem uma coordena-

ção bem complicada.

É um erro considerar que a geogra-

fia é o que mais afeta as operações

de Corporate Real Estate e Facili-

ties? Quais seriam os pontos que

mais interferem nesse contexto?

OBrasil hoje passa por dificuldadesmuito

intensas que, evidentemente, interferem

de forma significativa tanto nas empresas

nacionais como nas multinacionais que

operam no País. Contudo e, especifica-

mente no que se refere às multinacionais,

a dinâmica interna de cada corporação

e as questões mais abrangentes da eco-

nomia global têm mais influência nas

operações de Real Estate e Facilities. A

Hewlett Packard Enterprise, por exemplo,

está buscando focalizar seus negócios na

infraestrutura de TI e, nesse sentido, está

promovendo a cisão das áreas de serviços

e de software. Muitas outras empresas

multinacionais estão também promo-

vendo cisões comomesmo objetivo, en-

quanto outras estão promovendo fusões

como objetivo oposto (tornarem-semais

abrangentes) ou ampliando sua base de

negócios. Essas transformações têmcon-

sequências gigantescas no âmbito de

Real Estate e de Facilities de todas essas

empresas que normalmente são muito

mais relevantes do que ações oriundas

do contexto local da empresa.