Revista Infra Junho 2013 - page 44

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INFRA
Outsourcing & Workplace
pacotes personalizados de limpe-
za, manutenção dentro das unidades,
dogwalker, petcare, personal trainer,
baby-sitter, lavanderia, massagem e até
fornecimento de comida congelada e re-
forço escolar. É importante ressaltar que
estes serviços são prestados por firmas
terceirizadas e, muitas vezes, desvin-
culados do valor do condomínio. Já a
gestão das atividades fica por conta do
concierge ou do facility management.
O importante é que o fornecedor
seja um profissional gabaritado, que
trabalhe dentro da formalidade, com
qualidade, tempo hábil e experiência.
No caso de uma primeira contratação,
sempre é levado em conta o retorno
qualitativo e monetário para o condo-
mínio”, ressalta ela.
De acordo com Audrey Ponzoni, da
Itambé, “para empreendimentos de
alta complexidade operacional, sem-
pre se busca profissionais seniores
com experiência em facilities e alguma
vivência em condomínios. Já para os
residenciais com serviços de pequenas
unidades, a procura é por gerentes-con-
cierges – profissionais com vivência em
hotelaria, que passam a adotar os prin-
cípios de FM na gestão de serviços”.
Na opinião de Reis, existem alguns
desafios comuns à maioria dos em-
preendimentos. “O primeiro deles é logo
na instalação do condomínio. Neste
momento, muitas decisões importantes
são tomadas e o know-how da equipe
é um diferencial orientador. À medida
que o condomínio ganha vida, indepen-
de da quantidade de pessoas ou das
áreas comuns disponíveis, o desafio é a
conscientização de todos os habitantes
de que é preciso sentir-se parte do todo,
pensar em grupo, ter jogo de cintura. É
para isso que a administração de um
condomínio funciona, para que o pen-
samento coletivo prevaleça. Estes novos
condomínios nos fazem rever o formato
de administrar pessoas com necessida-
des, anseios e perspectivas diferentes.
Eu diria que um último grande desafio
é encontrar fornecedores com qualida-
de e disponibilidade, que atendam as
mais diversas necessidades dentro das
regras do condomínio”.
Gestão profissional
O dia a dia do gerente Administra-
tivo Gilberto Daniel de Souza nunca é
uma rotina. Síndico do Condomínio
Totalitá, em São Caetano do Sul, re-
gião metropolitana de São Paulo, ele
administra com mãos de ferro esse
condomínio-clube, que conta com qua-
tro torres, 10 mil metros quadrados de
área total, três subsolos, 1.500 vagas
de garagem e uma população de 1.500
moradores. “É uma minicidade que
demanda um profissional qualificado,
porque há necessidade de gerenciar a
segurança, limpeza, tráfego, manuten-
ção, regras de convívio e uso dos espa-
ços; assessoria esportiva para uso da
sala de fitness; sistema de controle de
uso das piscinas restrito aos morado-
res; acesso via internet às informações
relativas à programação das atividades,
além de carrinhos elétricos disponibili-
zados para o transporte de materiais
pesados”, observa.
No Totalitá implantamos todo ‘en-
xoval’ junto com a administradora, ou
seja, equipamos o condomínio com to-
das as facilidades, organizamos a área
de carga e descarga, instalamos coleto-
res de lixo, fizemos o cadastramento dos
prestadores de serviços, colocamos o
mensageiro e proporcionamos tranqui-
lidade ao condômino”, relata Souza.
Assessoria esportiva:
um serviço a explorar
Algumas academias encontra-
ram oportunidade de negócio
nos condomínios-clube. Um
exemplo é a Qualy Sports –
especializada em assessoria
esportiva. A empresa viu crescer
essa demanda e investiu pesado
nesse mercado. O diretor, Airton
Santos explica que o condomí-
nio pode comprar uma carga
horária e ter diariamente um
monitor na sala de ginástica.
Esse profissional irá orientar o
uso dos equipamentos, montar
treinos individuais e até ministrar
algumas aulas específicas. Já
nos empreendimentos com pisci-
na, é possível contratar aulas de
hidroginástica e recreação para
crianças. Outro serviço oferecido
é o de manutenção dos equipa-
mentos, realizado em parceria
com outras empresas. De olho
no futuro, o foco da Qualy agora
são as construtoras. A empresa
possui um serviço de assesso-
ria de pré-projeto, que ajuda a
preparar o local e economizar
dinheiro com futuros problemas
de um lugar mal projetado.
O aumento da demanda tam-
bém está atraindo grandes em-
presas do setor, como a Runner.
Os executivos perceberam que
as academias convencionais dos
condomínios estão se aproxi-
mando das academias de rede. A
intenção da marca é justamente
aproveitar esse filão e dar uma
cara de “grande academia” para
esses espaços.
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