Revista Infra Junho 2013 - page 36

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INFRA
Outsourcing & Workplace
tário Nacional de Políticas de Turismo.
Ainda segundo ele, caso o estabe-
lecimento não esteja de acordo com o
que foi informado poderá sofrer san-
ções que também estão sendo estuda-
das, como multa, perda de estrelas e
até exclusão do programa.
Pontos que preocupam
Embora seja forte o movimento em
termos de inaugurações e reformas,
conforme o Placar da Hotelaria 2015,
desenvolvido pelo Fórum de Operado-
res Hoteleiros do Brasil (FOHB), há o pe-
rigo de superoferta em algumas regiões
do país após a Copa do Mundo de 2014.
Cidades como Manaus/AM, Belo Hori-
zonte/MG, Brasília/DF e Cuiabá/MT são
vistas como grandes potenciais de risco
pela iniciativa.
A hotelaria já passou por situações
de superoferta e não queremos viver
isso de novo. Tentamos conscientizar
o setor e os investidores, mostrar que a
Copa ocupa um período muito curto”,
destaca Flávia Matos, diretora-executiva
do FOHB. O programa, realizado em
parceria com a HotelInvest e com apoio
do Senac São Paulo, é divulgado desde
2010
e projeta taxas de ocupação para os
setores Econômico, Midscale e Upscale.
Mais que uma preocupação, a bu-
rocracia é um dos grandes entraves do
setor. “Precisamos de menos Governo e
de mais liberdade para empreender. As
amarras da burocracia atrasam o país”,
afirma José Ernesto Marino, presidente
da BSH International.
Para Ricardo Mader, diretor da Área
de Hotéis e Hospitalidade da Jones
Lang LaSalle para a América do Sul, as
questões fiscais e trabalhistas, e a falta
de incentivos são barreiras para o setor.
Mader esteve presente na
Hotel Opportu-
nities Latin América
(
HOLA) 2013, confe-
rência internacional realizada entre 7 a
9
de maio em Miami (EUA) e voltada aos
investimentos hoteleiro, e afirma: “Hoje
o Brasil ainda é um destaque na Améri-
ca Latina, mas precisa de mais atrativos
para não perder investidores. Muitos já
preferem locais como México e Colôm-
bia por conta dos incentivos”.
Um mar de novas
oportunidades
Apesar dos desafios, o mercado
mostra uma forte demanda por ser-
viços e por boas instalações, seja em
hotéis, resorts ou flats. Empreendi-
mentos do tipo boutique, por exem-
plo, consolidados em grandes centros
como Nova York, Londres e Paris, ga-
nham espaços no mercado carioca:
é o que indica a Jones Lang LaSalle.
Segundo a consultoria, jovens turis-
tas e executivos buscam espaços com
atendimentos exclusivos e optam por
locais como esses. A empresa concluiu
a venda de um dos últimos casarões
da Avenida Atlântica, em Copacabana,
no final de 2012. O local foi adquirido
pelo Hotel Emiliano por R$ 40 milhões
e se tornará um empreendimento do
tipo boutique.
Outro nicho da hotelaria que deve
crescer nos próximos anos é o de aten-
dimento aos idosos. De acordo com o
estudo “Projeções do custo do enve-
lhecimento do Brasil”, desenvolvido
pelo Instituto de Estudos de Saúde Su-
plementar (IESS), o Brasil contava com
11%
de idosos na sua população em
2010,
número que deve atingir 19% em
2030,
com 40,5 milhões de habitantes
na “terceira idade”. Portanto, cada vez
mais o mercado hoteleiro precisará
de instalações mais bem preparadas,
com profissionais gestores que saibam
as reais necessidades de seus clientes
e que possuam equipes qualificadas
para executar os serviços, independen-
temente da área de atuação.
Da esq. p/ dir.: Flávia Matos, do FOHB; Charles Giudice, do Hotel Transamérica; Melissa Oliveira, do Hotel Unique; Ricardo Mader,
da Jones Lang LaSalle; e Vinícius Lummertz, do Ministério do Turismo
Fotos Divulgação
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