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INFRA
Outsourcing & Workplace
empresa especializada em serviços de
engenharia e capacitação na área de
energia solar, trouxe o tema da energia
solar fotovoltaica para o debate. Takata
fez uma explanação sobre os desafios
da matriz energética brasileira, que nos
últimos anos vem reduzindo o uso de
fontes renováveis e incrementando o
uso de fontes fósseis.
Embora ainda em fase inicial, o Bra-
sil têm condições fantásticas para o de-
senvolvimento do mercado de energia
solar. Com a evolução deste conceito,
a geração de energia ocorrerá de forma
distribuída e cada vez mais próxima dos
locais de consumo, inclusive no telhado
dos próprios edifícios. Dentre os fato-
res que poderiam acelerar o processo
de adoção desta tecnologia sustentá-
vel, estão a redução de impostos sobre
equipamentos e sobre geração de ener-
gia solar, além de linhas mais adequa-
das de financiamento de longo prazo.
Segundo o Engenheiro, embora
exista o potencial de redução dos pre-
ços neste tipo de sistema nos próximos
anos, muitas pessoas e empresas (first
movers), já vem investindo na adoção
da tecnologia. Por fim, detalhou o me-
canismo de compensação de energia,
Net Metering, onde o excedente gerado
por energia solar pode ser injetado e
acumulado na rede elétrica eliminando
a necessidade de armazenamento de
energia e que reduz o custo inicial.
MUDANDO O JEITO DE PENSAR
PARA O REUSO DA ÁGUA
Guilherme R. Sarzedas, Executivo
Comercial da Catui Engenharia, que
atua em projetos, obras e serviços de
saneamento básico, iniciou sua pales-
tra de forma contundente dizendo que
muitas empresas saíram em busca de
soluções de reuso de água, para apa-
gar o incêndio da escassez recente. En-
tretanto, todos nós deveríamos ter em
mente que a ideia certa seria implantar
um projeto hoje, com visão de longo
prazo, entendendo que haverá escas-
sez de água e que ainda não vivencia-
mos um cenário realmente ruim.
Para Sarzedas, devemos entender
o conceito, colocado pelo primeiro pa-
lestrante, Vacaro, para então conseguir
conscientizar a alta direção das empre-
sas/edificações sob a nossa respon-
sabilidade em prover água para seus
usuários. Ao mesmo tempo, não basta
ter um projeto de reuso de água. Da
mesma forma que um sistema de ele-
vador precisa de manutenção, um pro-
jeto de reuso também.
O Executivo apresentou o case de
sucesso de um edifício residencial, que
com o sistema de reuso trouxe bene-
fícios para os usuários da edificação e
para as contas do condomínio, desde
que o projeto foi implantado em 2006.
“Esta edificação está olhando adiante
e já estão preparados para não ficarem
sem água em uma futura escassez”,
alerta Sarzedas.
“O principal agente de mudança é
o indivíduo, e as tecnologia existentes
devem ser pensadas para implementar
projetos a longo prazo, não deixando
a questão de operação e manutenção
em segundo plano, o que vai ajudar a
manter a eficiência dos sistemas im-
plantados”, concluiu ele.
O DEBATE
Durante o Debate, presidido pelo
Diretor de Marketing da Abrafac, Álvaro
Augusto Cerqueira de Aguiar, uma das
participantes da plateia, Irimar Palom-
bo, do Sesc Pinheiros, exemplificou que
só com o aumento das manutenções
dos equipamentos hidráulicos (eco-
nomizadores e redutores de vazão) na
unidade em que trabalha nos últimos
meses, tiveram uma redução adicional
de 40% do consumo de água.
Na sequência do Debate, o anfi-
trião e Gestor de Operações da Amil,
no Hospital Alvorada, acrescenta ou-
tra preocupação, que também é um
grande desafio, além do cultural: o de
orientar os colaboradores, usuários e
visitantes dos ambientes hospitalares
para a consciência sustentável. Exem-
plificou que eles, entre muitos outros
desafios na implementação de medi-
das sustentáveis, precisam treinar os/
as enfermeiros(as) para que eles ajam
com o intuito também de conscientizar
os pacientes na hora do banho, sobre o
uso mais racional da água. Afinal, até se
chegar à temperatura da água adequa-
da ao paciente, que nem sempre está
em condições de mobilidade normal,
há desperdício do insumo.
Nós também precisamos com-
preender que a consciência começa do
indivíduo para o todo e não o contrário.
A nossa sugestão ao leitor é que intro-
duza as propostas do Instituto Akatu
no seu dia a dia. Aliás, Ricardo Vacaro,
sugere a busca de informações no Edu-
katu
(www.akatu.org.br).
O Edukatu é a primeira rede de
aprendizagem sobre os conceitos e prá-
ticas do consumo consciente e susten-
tabilidade para alunos e professores do
ensino fundamental de todo o Brasil. A
plataforma é uma iniciativa do Instituto
Akatu em parceria com a Braskem, com
o apoio da HP, da Fundação Cargill, da
Costa Brava e da KPMG, e com apoio
institucional do Ministério do Meio Am-
biente e do Ministério da Educação.