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INFRA
Outsourcing & Workplace
gerenciar as atividades desenvolvidas
pelo fornecedor de forma clara e obje-
tiva, tendo como princípio aquilo que
foi acordado.
MAXIMIZAÇÃO DA
FUNÇÃO DE COMPRAS
Quando a área de suprimentos ga-
nhou visibilidade tornando-se parte
estratégica dentro das empresas, os
profissionais da área também passa-
ram a tomar decisões importantes,
ao serem inseridos no processo de
compras desde a demanda inicial.
O comprador passou a operar como
um analista de negócios, que enten-
de sobre o mercado fornecedor que
está atuando; passou a avaliar se os
benefícios oferecidos pelo mercado
estão de acordo com os negócios da
empresa, selecionando os prestado-
res de serviços; e a auxiliar a área re-
quisitante a desenhar a demanda de
forma adequada, conforme a realida-
de existente no mercado.
Desta forma, conforme o Presiden-
te da ANGC, as habilidades necessá-
rias para os profissionais de compra
também mudaram, e para atuar na
gestão de contratos de forma efeti-
va, tornou-se requisito básico que os
profissionais adquirissem oito compe-
tências obrigatórias: da comunicação
efetiva; do relacionamento entre as
áreas; de negociação; da capacidade
de solução de problemas; do trabalho
em equipe; da administração de tem-
po; do conhecimento de produtos e
serviços do mercado; e da gestão do
relacionamento com o fornecedor.
Dentre as competências mencio-
nadas anteriormente, merecem des-
taque: o conhecimento de produtos
e serviços do mercado, e a gestão do
relacionamento com o fornecedor.
O primeiro estimula o comprador a
conhecer como é a estrutura de mer-
cado que está fornecendo o serviço
requisitante. Por exemplo, se aconte-
cer determinado problema, quem é o
fabricante e quem é o representante
que vai atender? Será que o fornece-
dor vai ter condições de resolver esse
problema, ou vai depender de um fa-
bricante que fica no exterior? Elemen-
tos que o gestor de contratos, o requi-
sitante e a área de compras devem
entender, para conhecer seu mercado
de soluções e serviços com bastante
propriedade.
Já sobre a gestão do relaciona-
mento com o fornecedor, é preciso es-
tar atento se o fornecedor foi homolo-
gado de forma correta, ou seja, se ele
tem competência para fazer parte da
empresa e capacidade financeira.
Para conhecer melhor sobre o dia a
dia do trabalho desenvolvido em par-
ceria pela área de facilities com a área
de suprimentos, duas empresas reno-
madas no mercado, uma do ramo ali-
mentício e outra de medicina e saúde,
contam suas experiências sobre como
funciona o processo de compras es-
tratégicas dentro das organizações.
CASE DA WICKBOLD
Quando se fala em indústria ali-
mentícia, um trabalho considerado
secundário em outras empresas, mas
de fundamental relevância para a
Wickbold, é o case apresentado por
Débora Cristina Luiz, Gerente de Faci-
lities e Márcia Regina Lopes, Gerente
de Suprimentos, sobre o projeto de
limpeza e conservação que foi desen-
volvido em sinergia entre as áreas.
Antes de conhecer este projeto, to-
davia, vale observar como funciona a
estruturação da área de compras da
empresa e qual o envolvimento de su-
primentos nas demandas de facilities.
Segundo Márcia Lopes, a estrutura
de compras da empresa é separada
por células: “algumas são focadas na
compra de insumos, matérias-primas
e embalagens; outras focadas em
materiais e pequenos serviços; temos
uma célula de importação; e uma célu-
la de contratos, com uma equipe que
só faz a negociação em conjunto com
a área solicitante”. Quanto ao relacio-
por Larissa Gregorutti
Débora Cristina Luiz, Gerente de Facilities e e Márcia Regina Lopes,
Gerente de Suprimentos da Wickbold
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