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Outsourcing & Workplace
ganização e do negócio. “Falar a mesma
língua”, posicionar o CRE no patamar es-
tratégico e demonstrar que a atividade
agrega, e muito, valor ao negócio. “Ou-
vir, ouvir e ouvir” o cliente, entender os
desafios e apresentar soluções compatí-
veis com as expectativas do negócio.
E com seu pessoal? Como é ser
líder de equipes globais?
Passa, primeiramente, pela capacida-
de de integrar as diversas equipes e
pessoas, fazendo com que elas traba-
lhem verdadeiramente em time. Esta
integração acontece com o uso da tec-
nologia: videoconferência, chats, celu-
lar, reuniões de governança, discussão
de programas, chegando até mesmo a
envolver o desenvolvimento de
team
building
por meio de salas virtuais. Im-
portantíssimo: delego e confio. Com
isso, abro espaço na minha agenda
para estar próximo dos clientes e mem-
bros da equipe.
O que é mais crítico (e/ou difícil de
lidar) na área de CRE no Brasil? E
no mundo, nos países onde esteve
e trabalhou? A área demonstra
maturidade? Vai crescer?
O gargalo está em encontrar profissio-
nais especializados, e também como
reter e fidelizar os talentosos. Diferen-
temente do que muitos possam pen-
sar, este não é um problema pontual
dos países emergentes; é um desafio
a ser superado, também, pelos países
desenvolvidos, em diferentes escalas.
Por outro lado, em se tratando de uma
economia globalizada, a oportunidade
é grande para aqueles que têm afinida-
de com a atividade/profissão e estão
dispostos a investir para agregar valor
ao negócio. Em resumo, é sim uma área
em expansão e bastante promissora.
No geral, o que mais atrapalha
os profissionais de CRE?
Temos excelentes profissionais de Cor-
porate Real Estate com formação em
Engenharia, Arquitetura, Finanças, en-
tre outras especialidades. Porém, na
grande maioria das vezes, estes têm
uma mentalidade estritamente técnica.
A nova realidade das empresas globais
provoca a reestruturação e reorgani-
zação dos papéis, atributos e respon-
sabilidades daqueles que atuam ou
desejam atuar na atividade. Eles preci-
sarão se adaptar rapidamente a essas
demandas, buscando novas competên-
cias para este novo contexto. Significa
rever seus papéis não somente como
técnicos especializados em determi-
nada área, mas como pensadores es-
tratégicos para as organizações, sendo
capazes de atender às necessidades
globais e ao mesmo tempo competir
com os demais talentos espalhados
pelo mundo. Eu citaria: perfil genera-
lista, com técnica, visão da empresa e
conhecimento do negócio.
Que lições a profissão lhe ensinou?
Foram muitos os aprendizados, mas
posso destacar a liderança pautada
na transformação e engajamento das
…[encontrar e
reter profissionais
especializados] não é
um problema pontual
dos países emergentes;
é um desafio a ser
superado, também, pelos
países desenvolvidos, em
diferentes escalas
Susie Andrade