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INFRA

Outsourcing & Workplace

envolvem as mudanças: expandir, re-

trair, modernizar ou até mesmo tornar

mais eficiente o ambiente de trabalho.

Uma tarefa de peso diante do ce-

nário corporativo global que, nos últi-

mos anos, vem sofrendo uma mutação

e tanto. É só olhar para as tendências

em workplace e seus desdobramentos

no Corporativo Real Estate: mobilida-

de versus presença, globalização ver-

sus localização e o impacto desses no

bottom line das organizações, como já

mencionou a entidade americana no

setor, a CoreNet Global.

Saber o que esperar da profissão e

da atividade para o futuro é um exer-

cício muito bem-vindo, proposto na

entrevista a seguir com Funchal, que

também dá dicas aos que aspiram à

carreira.

Como iniciou sua carreira profissional?

Minha formação é em Arquitetura e

Urbanismo (1982), com MBA em Real

Estate. Iniciei a carreira em desen-

volvimento de projetos e construção,

quando minha rotina envolvia o uso de

capacete e botas nas vistorias às obras

– grata lembrança que até hoje perdura

em minha memória. Em 1993, ingres-

sei na Federal Express (FedEx), na área

de CRE. Nove anos depois, juntei-me

à Nokia, dando o primeiro passo para

minha carreira internacional. O retorno

ao Brasil foi em 2010, quando fui convi-

dado pela General Motors para assumir

a posição de CRE para a América Lati-

na, África e Oriente Médio. Hoje, estou

na área Financeira atuando também

em caráter global. Nasci em São Paulo,

mas morei no México e atualmente nos

Estados Unidos, precisamente em Mia-

mi, onde trabalho em CRE.

O que o fez vislumbrar a importância

da atividade? E como descobriu

que CRE era uma alternativa

profissional promissora?

Foi o desejo de unir a experiência do

“desenho” – projetos de arquitetura – e

as práticas de “campo” – execução de

obras civis – no universo do mundo cor-

porativo nas suas mais diversas formas

de manifestação dos espaços, seja atra-

vés dos escritórios, Call Centers, varejo,

armazéns etc. São nesses locais onde

as pessoas efetivamente colaboram,

produzem e inovam.

Qual é sua visão da profissão

para o futuro?

Comprometida fortemente com o mo-

delo de governança corporativa; focali-

zada nos valores organizacionais, com

os clientes e colaboradores, com integri-

dade; mais estratégica e voltada para a

entrega de resultados; mas não é só isso.

Os profissionais serão cobrados tam-

bém pela maneira como tratam a ética

na questão profissional e social. Arrisco

ainda dizer que a atividade/profissão

estará inserida dentro de uma conectivi-

dade global. Os profissionais de CRE vão

interagir com seus chefes globais por

vídeos, chats, mídia social corporativa.

Por meio dessas ferramentas, será pos-

sível trocar conhecimentos e experiên-

cias, fazendo com que os colaboradores

trabalhem com outros em centros de ex-

celência espalhados pelo mundo.

Sendo um profissional global, como

você organiza seu plano diretor?

É fundamental que a área esteja inse-

rida e participe ativamente do plane-

jamento anual financeiro corporativo,

assim como da estratégia organizacio-

nal. A comunicação entre as equipes

do CRE global, regional e local precisa

ocorrer em todas as etapas do processo

do plano diretor. Caso contrário, a im-

plementação da estratégia corre o risco

de não acontecer.

Como é lidar com tantas

culturas e perfis de serviço e

infraestrutura tão distintos?

É o desafio mais fascinante da profissão!

Desenvolvi habilidades no reconheci-

mento e tratativas para as diferenças

culturais. Esta é uma competência nem

sempre muito fácil para os executivos,

pois requer muita atenção e sensibilida-

de a fim de não se correr o risco de en-

tender e interpretar as situações somen-

te sob a sua ótica. Outro desafio é lograr

os resultados da equipe quando as di-

ferenças culturais e geográficas podem

confrontar pessoas, dificultando a cola-

boração entre elas. Aprendi na prática

que a habilidade nas relações interpes-

soais torna-se fundamental para viabili-

zar e implantar ideias, projetos e estra-

tégias. Por isso, nossa missão à frente

da atividade de Corporate Real Estate

é implementar indicadores de padrões

globais aos serviços e infraestruturas

que atendam as condições de padrão

aceitável, visando qualidade e seguran-

ça tanto para os ambientes quanto para

os colaboradores e clientes.

E o relacionamento com o

cliente? O que mais deu certo

nesses últimos anos?

A primeira iniciativa deve ser no sentido

de adquirir conhecimento – visão da or-