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Outsourcing & Workplace
TREVO DO BRASIL
Localização privilegiada
no centro do País, setor
industrial diversificado e
atividades imobiliárias ainda
em andamento mantém
Goiás com desempenho
econômico melhor que a
média nacional, mesmo
em tempo de crise
MERCADO DE GOIÂNIA |
por Paula Caires
E
star no centro de alguma dificul-
dade representa vivenciar o ponto
mais crítico dela. Mas para Goiás, es-
tar no centro pode ser justamente a
alavanca para sobressair-se do atual e
crítico momento político e econômico
do País. Em uma área de mais de 340
mil km², o que o torna o sétimo do País
em extensão territorial, sua localização
privilegiada faz divisa ao norte com o
estado do Tocantins, ao sul com Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul, a leste
com a Bahia e Minas Gerais e a oes-
te com Mato Grosso. Como destaca o
coordenador técnico da Federação das
Indústrias do Estado de Goiás (Fieg)
Wellington Vieira, “Somos o trevo do
Brasil e isso vai nos ajudar a continuar
crescendo”. Ele ainda destaca a forte
atuação da indústria de transformação.
“A nossa competitividade está relacio-
nada à transformação de matéria-pri-
ma produzida no próprio estado e na
composição geográfica. É melhor pro-
duzir aqui e depois distribuir pelo Bra-
sil. A logística fica mais barata”, destaca.
Não quer dizer que Goiás esteja alheio
à crise. As pesquisas conjunturais apon-
tamque a economia goiana tambémestá
emdesaceleração, mas seu desempenho
ainda foi mais favorável que o nacional.
Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB)
de Goiás registrou alta de 1,8%, enquanto
o nacional teve meros 0,1%.
O desaquecimento da economia
goiana teve reflexo no mercado de tra-
balho, mas também com dados melho-
res que os registrados na média nacio-
nal. De acordo com a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) a
taxa de desocupação em Goiás foi esti-
mada em 7% da População Economica-
mente Ativa (PEA) no primeiro trimestre
de 2015, um acréscimo de 1,3 pontos
percentuais em relação ao mesmo pe-
ríodo do ano anterior (5,7%), enquanto
a média nacional foi estimada em 7,9%.
O resultado fez com que Goiás ficasse
com a 9ª menor taxa de desocupação
dentre as 27 unidades da federação.
Em 2015, o País iniciou o ano com
quedade 1,6%doPIBnoprimeiro trimes-
tre, em comparação ao mesmo período
do ano passado, enquanto o PIB goiano
contraiu 1%. Segundo dados do Instituto
Mauro Borges de Estatísticas (IMB) e Es-
tudos Socioeconômicos da Secretaria de
Gestão e Planejamento (Segplan), o de-
sempenho da agropecuária puxada, por
exemplo, pela soja que teve expansão de
10,6% na produção, segurou o resultado,
que poderia ser ainda pior.
Já a indústria e os serviços – outros
dois segmentos que formam o trio de
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Brookfield
Towers, o
primeiro
multiuso
de Goiás
Wellington Vieira da FIEG
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