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Outsourcing & Workplace
EDIFICAÇÕES
CORPORATIVAS – O
DESAFIO DE GERIR
DIFERENTES SITES
NO BRASIL E NA
AMÉRICA LATINA
Tiago Angelo Alves mostrou as
vantagens de alugar espaços e
serviços temporários, especia-
lidade da empresa que dispõe
no Brasil de salas comerciais
em 46 prédios, equipados com
6,8mil estações de trabalho. Se-
gundooExecutivo, éuma forma
de driblar alguns dos desafios
da gestão de facilidade, como
os problemas de ocupação e
renovação dos sites e contin-
gência dos sistemas. “São fato-
res que afetam o desempenho
do facility management e que
precisam de investimento, pois
o setor de real estate demanda
longos contratos. Por isso, os
espaços flexíveis aumentam o
lucro e minimizam os riscos.”
Alves apresentou o resultado
de uma pesquisa realizada com
2,5 mil Executivos brasileiros. O
estudo apontou que 60% dos
entrevistados trabalham pelo
menos dois dias por semana
fora do escritório, e que 70%
das empresas estão aumentan-
do o número de funcionários
em trabalho remoto. “Esses nú-
meros indicam a viabilidade do
aluguel de espaços flexíveis.”
WORKPLACE
Maria Paula Villarreal Zajar
apresentou pesquisas que
indicam como pensar o novo
espaço de trabalho nos dias
de hoje, definido por ela como
a “era das ideias”, em que as
organizações são mais hori-
zontais. “A tecnologia móvel
permite mais mobilidade,
mas ainda há escritórios pro-
jetados como se o trabalho
acontecesse apenas em esta-
ções fixas ou temporárias, que
estão frequentemente vazias.”
De acordo com dados expos-
tos pela palestrante, 60% das
mesas individuais e 77% das
salas privativas estão deso-
cupadas em algum momento
do dia. “A subutilização deve
ser estudada, se pensarmos
no valor do m
2
. A partir dessa
afirmação, a palestrante exi-
biu o conceito de living office,
que são ferramentas para os
funcionários serem mais valo-
rizados e, com isso, mais pro-
dutivos. Para isso, os espaços
devem motivar e inspirar os
colaboradores, a fim de que
talentos queiram permanecer
na empresa. Na opinião de
Zajar, pessoas engajadas são
mais comprometidas.
Tiago Angelo Alves,
Chief Operation
Officer da Regus
Maria Paula Villarreal
Zajar,
Product Manager
para América Latina e
Caribe da Herman Miller
TECHNOLOGY: FACILITY
MANAGEMENT E
INTERNET DAS COISAS
O Engenheiro iniciou a pales-
tra apresentando a trajetória
dos primeiros pesquisadores
cujos estudos influenciaram
na tecnologia de hoje, defini-
da por ele como um processo
artificial da evolução humana.
Segundo Marcelo Knörich Zuf-
fo, a relação entre a máquina
e o homem é simbiótica e
vantajosa. Por isso, o facility
management tem de utilizar
a tecnologia para a gestão de
ativos, energia, água, entre
outras responsabilidades do
gerenciamento patrimonial e
predial. “Existem sistemas in-
teligentes que são primordiais
para a operação, que poupam
tempo, custo e pessoal. O
computador pode representar
o modelo físico de gerencia-
mento.” O Professor da Poli/
USP apresentou a arquitetura
e os projetos de equipamen-
tos tecnológicos em desenvol-
vimento, como Data Centers, e
aconselhou os participantes a
cuidar atentamente da segu-
rança digital das companhias.
Zuffo lembrou também que a
tecnologia trouxe uma nova
dinâmica social ao interferir
na privacidade das pessoas.
GESTÃO DE FM
EM AMBIENTES
EDUCACIONAIS
Responsável pela gestão dos
empreendimentos da FMU,
em São Paulo, João De Lucca
afirmou que planeja os indica-
dores de real estate através da
relação entre prédios locados
e números de estudantes. O
objetivo é o de avaliar os es-
paços quanto à melhor utiliza-
ção e proporcionar a perfeita
experiência ao aluno. “A área
de planejamento mostra que
tradição, qualidade, infraes-
trutura e locação são os indi-
cativos de valor da marca. É
um trabalho de plano diretor.”
O palestrante apresentou os
números que gerencia na dire-
ção de operações da universi-
dade. São 120 mil alunos que
circulam por 50 prédios de
estruturas e fluxos distintos. A
equipe de FM recebe cinco mil
ordens de serviço corretivas
por mês, além de duas mil pre-
ventivas. O profissional aplica
uma estratégia de gestão para
potencializar a capacidade de
ocupação dos edifícios nos
diferentes turnos. À tarde, por
exemplo, devido à ociosidade,
salas são alugadas para even-
tos de empresas ou utilizadas
para agrupamento de cursos.
Marcelo Knörich Zuffo,
Coordenador do Centro
Interdisciplinar emTecnologias
Interativas da Poli/USP
João De Lucca Souza,
Diretor-executivo de
Operações da FMU
13º Congresso INFRA 2016 São Paulo
Fotos Gheller Fotografias