COMPLEXIDADE E
PARADIGMAS NA
GESTAO DE FACILITY
EM AMBIENTES
HOSPITALARES
“Todo mundo acha que hos-
pital é seguro, mas é parecido
com um Data Center em rela-
ção a riscos”, afirmou Domeni-
co Caruso na abertura de sua
palestra, que mostrou como a
área de facility acompanhou a
evolução hospitalar. O Geren-
te de Operações do HCor ad-
ministra as áreas de limpeza,
resíduos, hospitalidade e se-
gurança patrimonial, além do
estacionamento, lavanderia e
refeições. “Temos de garantir
uma estrutura de confiabilida-
de. O hospital não pode parar,
pela saúde do paciente.” Caru-
so realiza a gestão de 55 mil m
2
de área, por onde circulam 2,3
mil colaboradores e são rea-
lizados mensalmente 42 mil
atendimentos no pronto so-
corro, 6,4 mil cirurgias e 9,6 mil
internações. Além disso, são
feitas e servidas 135 mil refei-
ções por equipe própria, assim
como na lavagem de roupas.
“Nem sempre o que se aplica
em espaços industriais fun-
ciona em hospitais. Por isso,
dispenso meu tempo para a
análise e o planejamento dos
processos.”
GESTÃO DE SHOPPING
VOLTADO PARA A
CLASSE “G” DE GENTE
O Empreendedor focou a pa-
lestra na prosperidade com
equilíbrio social, por meio da
capacitação. Elias Tergilene,
que investe em shoppings
populares em diversas cida-
des brasileiras, acredita que
o camelô pode se tornar um
futuro empresário. “A informa-
lidade é um estágio natural de
qualquer grande empresa. A
economia formal da indústria
e de grandes marcas depende
da informalidade.” O empre-
sário recomenda a participa-
ção de pessoas nas parceiras
público-privadas, por isso cria
associações de lojistas em
seus centros de compras para
estimular a operação em con-
junto. Além disso, criou a Fa-
vela Holding, na qual 60% dos
lojistas e 100% dos funcioná-
rios são moradores da comu-
nidade, e a Fundação Doimo,
que tem bancos, governos e
ONGs como parceiros. Atual-
mente, está projetando um
espaço para ser ocupado por
pequenas lojas que venderão
produtos oriundos da agricul-
tura familiar. “A missão é a de
desenvolver o empreendedo-
rismo por meio do trabalho.
A operação deve ser voltada
para o ser humano.”
Domenico Caruso,
Gerente
de Operações do HCor
Elias Tergilene,
fundador
do Grupo UAI Shopping
CASE 2 – CARTÕES
ALELO BENEFÍCIOS
O Arquiteto demonstrou como
elaborar umprojeto para adap-
tar e conectar seis empresas do
mesmo grupo. Através das di-
ferentes identidades de cada
uma delas, o profissional criou
uma linguagem arquitetônica
comum. “O conceito perma-
nece apesar da diferença de
mobiliário e cores. A ideia foi
estimular a colaboração, sem
salas fechadas e somente com
espaços colaborativos.” Os
espaços foram ocupados por
mesas individuais cercadas
por áreas de apoio, e ganha-
ram ambientes de convivência
para conversas informais de
trabalho e troca de ideias. Se-
gundo Sérgio Athié, os resulta-
dos foram a sinergia e o ganho
de escala, além da redução de
custos. O Arquiteto ressaltou
que, para o processo ser bem
estruturado e ter uma gestão
eficiente de fornecedores, é
essencial a interação com o
facility. O profissional teve de
planejar quase 5 mil pontos
de elétrica e outros 1,5 mil de
rede, além de administrar 64
fornecedores.
GESTÃO DE AMBIENTES
CRÍTICOS/DATA CENTERS
A tecnologia da informação
desenvolve alianças, melhora
a infraestrutura e promove a
inovação nas companhias. A
partir desta afirmação, o Enge-
nheiro Bruno Pagliaricci, Dire-
tor de Infraestrutura da Odata
Colocation, expôs números
que demonstram o potencial
crescimento de dados em trá-
fego, devido ao aumento da
conectividade e da transmissão
de informações. “O desafio está
em lidar com a heterogeneida-
de de tecnologias, administrar
a segurança e a privacidade e
atender a demanda de proces-
samento e armazenamento.”
O palestrante sugeriu o Data
Center como uma opção, por re-
unir um conjunto de dados em
grandes volumes, commenores
danos e custos. “Os riscos são
iminentes, portanto, é neces-
sário prover de equipamentos
que impeçam falhas, através da
integração plena entre pessoas,
processos e infraestrutura. Além
de interação contínua com os
fornecedores e operadores dos
aparelhos.” O Engenheiro disse
que existe uma tendência para
a terceirização de TI e do uso
de Data Centers em contêineres
para locais específicos. “Cabe ao
gestor se preparar para o futuro.”
Sérgio Athié,
Fundador
da Athié I Wohnrath
Bruno Pagliaricci,
Diretor de
Tecnologia e Infraestrutura
da Odata Colocation
13º Congresso INFRA 2016 São Paulo
Fotos Gheller Fotografias