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INFRA
Outsourcing & Workplace
Para ele, o ponto central está na con-
fiança, tanto de cima para baixo, quanto
de baixopara cima. “Umdos objetivos es-
tratégicos do setor é manter-se no clien-
te o maior tempo possível, com contra-
tos longos. E isso acaba se tornando um
“casamento”, um relacionamento que
precisa ter confiança como base”, ressal-
tou. O caminho é conhecer formalmente
o cliente e a cultura de onde se trabalha,
bem como aprimorar o planejamento
e alinhar os conceitos desde o primeiro
contato até a entrega final e pós.
De acordo com o Professor, as em-
presas terceirizam com o objetivo de
reduzir custos, aumentar receita ou
realizar competências que ela não tem
e que demandariam muito tempo para
serem desenvolvidas. Por outro lado,
elas não terceirizam atividades estra-
tégicas, que fazem parte do core busi-
ness, ou por medo da perda de controle
e até por proteção à propriedade inte-
lectual. No fundo, conceitos ligados à
perda de confiança.
O Professor ainda explicou os hard &
soft services, pontuando tratarem-se de
conceitos de uma visão tradicionalista,
bemcomo o entendimento do facilityma-
nagement sob as visões europeia e ame-
ricana, e as diferentes modalidades de
contratação. Como tendência, destacou
a certificação de bem-estar e hand print.
Ao final, o recado foi buscar excelên-
cia sempre e sempre, oferecendo qua-
lidade, não somente técnica, porque o
resultado do facility é obra com plateia:
“Foque nos processos e nas funções para
gerar eficiência. Não vire commodity,
seja uma consultoria. Para isso, catequi-
zar o cliente com conteúdo é essencial,
pois precisamos conciliar tomador e
prestador de serviço. Estejam atentos
ao futuro, o mercado demanda cada vez
mais e muitas novidades estão chegan-
do. Vai mudar tudo de novo”, alertou.
Já
Mariane Pinhão
, Sócia-fundado-
ra do PK Advogados, com 25 anos de ex-
periência em direito societário, fusões e
aquisições, e planejamento sucessório,
apresentou alguns pontos da comple-
xidade que envolve o tema “Fusões e
aquisições e planejamento sucessório”,
com o objetivo de abordar se as empre-
sas estão preparadas para as oportuni-
dades da crise, que cria uma demanda
do mercado por aquisições e fusões,
bem como trazer um olhar diferente
sobre a importância do planejamento
familiar e sucessório empresarial.
A especialista explicou os diferentes
tipos de aquisições e fusões – investi-
mento em que o proprietário permanece
como controlador ou como sóciominori-
tário, venda total, parcial, com cash in e/
ou cash out e modelos mistos –, além de
ter alertado o público sobre a importân-
cia do longo trabalho preparatório para
quem pretende enfrentar um processo
desses, até para valorizar a empresa.
Por falar em valor, a distância entre
expectativa e realidade também foi le-
vada à palestra, bem como os aspectos
sensíveis e os principais riscos que cer-
cam esses tipos de operações.
Ao discursar sobre planejamento
patrimonial e sucessório, Mariane co-
meça desmitificando a palavra “suces-
são”: “No empresariado brasileiro falar
em ‘sucessão é falar da morte do em-
presário. E não é. Significa apenas que-
rer que seu negócio permaneça vivo e
que se mantenha os laços familiares,
esse sim, o maior ganho”.
INSIGHTS PARA A MUDANÇA E
CONSEQUENTEMENTE MELHORIAS
Na segunda parte do Fórum foi reali-
zada uma plenária, formada por quatro
profissionais atuantes no setor, com o
objetivo de debater o negócio de for-
ma diferente, trazendo insights a partir
de suas experiências e conhecimen-
tos. São profissionais inovadores, mas
como destacou Lobo, que trabalham
com coisas muito antigas e essenciais:
Moacyr Eduardo Alves da Graça
Mariane Pinhão
Philippe Enaud
Fotos Gheller Fotografias