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INFRA
Outsourcing & Workplace
AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO
DE SISTEMAS PREDIAIS DE
ÁGUA NÃO POTÁVEL
Por meio de quatro estudos de casos, Cas-
tilho alertou para os perigos do reapro-
veitamento de água. Em cada caso, seis
categorias foram avaliadas: fonte de água,
sistema de tratamento, itens de instalação,
pontos de utilização, operação e percep-
ção dos usuários.
Todos os sistemas analisados estavam
com o desempenho inferior ao adequado.
Em sua maioria, as instalações não tinham
padronização, não havia controle de ade-
quabilidade dos sistemas e nem análise
laboratorial. Falta de capacitação técnica
e de legislação clara são os fatores princi-
pais para os cenários encontrados.
Houve até um caso em que foram encon-
trados coliformes fecais em água que es-
tava sendo utilizada na irrigação de uma
horta coletiva. “Quando comecei a pes-
quisa não imaginei que os riscos seriam
tão grandes. O reaproveitamento de água
é importante, mas ele deve ser feito com
cuidado e responsabilidade. Infelizmen-
te, temos carência de informações, pois
as normas trazem orientações falhas. No
caso da água onde foram encontrados os
coliformes fecais, por exemplo, todas as
normas eram atendidas”, destaca.
Carolina de Paula de Castilho,
Arquiteta formada pela FAU-USP
e Sócia-proprietária do Studio 4C.
Mestre em Ciências pela Escola
Politécnica da USP e com MBA em
Gestão de Projetos, Processos de
Negócio e Tecnologia do IPT-USP.
SATISFAÇÃO DE USUÁRIOS E
EXIGÊNCIAS DE SERVIBILIDADE
EM ESCRITÓRIOS
Garantir segurança a um custo competiti-
vo, adequado aos negócios, com qualida-
de acima do esperado e deixar a lembran-
ça de uma experiência positiva. A chave
para isso? Inovação! Não a tão procurada
grande ideia, mas no sentido de, aos pou-
cos, ir resolvendo os problemas.
O desafio de gerenciar um novo prédio que
alocaria o mix de culturas de 600 pessoas
vindas de três estados diferentes ficou, li-
teralmente, maior: a taxa de ocupação au-
mentou em 100%. O caminho foi conhecer
bem o público e suas percepções, além de
compreender o edifício e suas limitações.
Foram aplicadas e cruzadas duas meto-
dologias – a Avaliação de Pós-ocupação
(APO) e apurada por meio de 18 critérios e
normatizada pela ASTM que traz o concei-
to de servibilidade.
Com uma amostra de 583 pessoas foi tra-
çado o perfil do usuário, que trazia a opi-
nião acerca de 18 itens da servibilidade em
relação aos aspectos prediais. Paralela-
mente, foi mapeada a opinião do gerente
da propriedade. No comparativo, foi possí-
vel identificar os gaps para se ter mais as-
sertividade, com impacto direto no índice
de satisfação. De 7,43 no primeiro ano, ele
foi para 8,18 no segundo e 8,55 no terceiro.
E o trabalho continua rumo à meta de 9.
Fernando Arcos Del Castilho Bado,
Gerente de Infraestrutura da Cosan/
Raizen, com MBA em gerenciamento
de facilidades pela USP
aplicabilidade e temas relevantes para o
setor, os trabalhos, assim como a maior
parte da significativa produção de co-
nhecimento da academia, são pouco
conhecidos pela comunidade. Na verda-
de, eram!
Confira a seguir os principais pon-
tos de cada estudo, sob a coordena-
ção do Prof. Dr. Moacyr Eduardo Al-
ves da Graça e do Prof. M. Eng. Milton
Jungman, e sinta-se convidado a fazer
parte desse encontro promissor entre
teoria e prática!