57
INFRA
Outsourcing & Workplace
VALOR AGREGADO
EM OPERAÇÕES DE
GERENCIAMENTO
DE FACILIDADES
Valor agregado do Gestor de Facilities é a
contribuição percebida pelo consumidor
dos diferentes serviços de facilidades para
a organização em termos de benefícios em
comparação com os custos e riscos ine-
rentes aos mesmos. Com essa explicação,
Eduardo Pens abriu sua apresentação. Para
ele, por ser uma área de suporte, a gestão de
facilities contribui para o desempenho dos
negócios como um todo, mas não necessa-
riamente de forma financeira. Ela pode ser
tangível ou mais ligada ao relacionamento,
que tem baixa tangibilidade, mas ainda as-
sim é bastante valiosa. No entanto, o valor
agregado não se resume aos benefícios,
mas também à comparação desses aos sa-
crifícios exigidos de quem toma o serviço.
De forma didática, ele ainda elencou os três
eixos principais para se estruturar um servi-
ço com valor agregado: alinhamento com
a necessidade do core business; o conhe-
cimento acerca da experiência do usuário,
e a mensuração e comunicação dos resul-
tados. “Esse é um passo além, que merece
atenção – planejar de que forma essas en-
tregas serão mensuradas e apresentadas
para cada público”.
Eduardo Pens Alves,
Gerente de
Operações Sênior da Cushman &
Wakefield, formado em Turismo e com
especialização em Gerenciamento
de Facilidades pela USP. Desenvolveu
sua carreira no mercado hoteleiro
de luxo e hoje suporta operações
de facilidades de empresas
multinacionais, especialmente no
segmento financeiro e de tecnologia
FM & CRE COMPETÊNCIAS
ESTRATÉGICAS FUTURAS
Para falar de futuro, Vasquinho trouxe uma
análise do passado, apresentando uma linha
cronológica do facility management e do CRE
desde 1990, concluindo que o trabalho ficou
mais integrado, mais sofisticado e comgrande
complexidade. “São 45 atividades, divididas
em oito grupos; mas ainda podemos mais.
Observando o ciclo de vida do Real Estate
percebemos que não só na inovação, mas em
desenvolvimento e planejamento há muitas
possibilidades de atuação”, acredita ele.
Para aproveitar as oportunidades, com base
em estudos internacionais ele elencou dez
competências: gerenciar dados e informa-
ções; gerenciar a qualidade – há uma possibi-
lidade de ganho de 30% a 40% de represen-
tatividade no negócio com aplicação do Six
Sigma. Desde 1960, a gestão da qualidade é
muito difundida na área industrial, mas pou-
coaplicadanaáreade serviços. Gerenciar per-
formances, riscos e tecnologia, procurement/
contratos, pois mesmo nos grandes, segundo
ele, o setor está muito longe do desejável;
atrair e reter talentos; gerir energia e sustenta-
bilidade; focar em space plan, pois já se fala
em vitalidade do espaço de trabalho, que é a
junção do espaço colaborativo com o espaço
que promove o engajamento, o bem estar e
a produtividade. Para encerrar, o profissional
apontoudicas de comodar inícioaoprocesso
de desenvolvimento de tais competências.
Marco Antonio Martins Vasquinho,
Engenheiro com especialização
em Manutenção de Edificações e
Edifícios Inteligentes pelo FDTE – Poli/
USP, com MBA em Conhecimento,
Tecnologia e Inovação pela FIA/
FEA e Especialização em Liderança
e Inovação pelo IMD - Suíça).Tem a
designação MCR (Master Corporate
Real Estate) pela CoreNet Global