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Outsourcing & Workplace
Trilha Acadêmica em Gerenciamento do Ambiente Construído
COMISSIONAMENTO E
GARANTIA DE QUALIDADE
EM GERENCIAMENTO
DE FACILIDADES
Em sua apresentação, Christianne dos
Santos Figueiredo Ishida quebrou um pou-
co o senso comum a respeito do conceito
“comissionamento”. “Ele começou na in-
dústria naval em 1960 nos Estados Unidos,
veio à tona em 1999, com a sustentabili-
dade, com os processos LEED, mas aqui
ainda é utilizado erroneamente”. Segundo
ela, o termo se refere a um processo cria-
do para atender os requisitos de projeto
do proprietário, documentar as fases de
ciclo de vida do edifício, capacitar os pro-
fissionais de operação e manutenção, com
o objetivo de evitar as falhas, diminuir os
desperdícios e o trabalho, e melhorar a
qualidade, o desempenho e a sustentabili-
dade do edifício. “O processo de comissio-
namento se inicia no começo do ciclo de
vida da edificação e acaba um ano depois
do edifício em funcionamento”, afirmou
ela, alertando também para a necessidade
da documentação em cada etapa e a im-
portância da diferença entre comissiona-
mento e teste de funcionamento.
Christianne dos Santos Figueiredo
Ishida,
Mestre na área de Engenharia
de Construção Civil e Urbana pela
Escola Politécnica/USP e graduada em
Engenharia Civil pelo Centro Universitário
do Instituto Mauá de Tecnologia.Tem
experiência nas áreas de manutenção
predial e organização de eventos
SISTEMAS DE
GERENCIAMENTO DE
FACILIDADES CORPORATIVAS
Depois de 18 anos atuando internamente
como gestor de facilities, há um ano, An-
tonio Carlos Rodrigues Lopes atua exter-
namente no mesmo cliente, o que ele vê
como tendência do setor, já que as empre-
sas buscam se concentrar em seu core bu-
siness, delegando as atividades de suporte
a terceiros. Dentro ou fora, no entanto, para
ele, o sistema de gerenciamento de faci-
lidades corporativas tem a obrigação de
estar muito próximo do cliente para identi-
ficação da demanda e desenho adequado
das soluções de seus problemas ou situa-
ções.
O profissional ainda elenca como pontos
importantes o gerenciamento de equipe,
com criação de políticas, regras, proce-
dimentos e indicadores específicos para
cada atividade; aplicação de métodos;
divulgação de resultados; preocupação
com a satisfação dos clientes, no que o
relacionamento é fundamental; profissio-
nalização; organização de processos; co-
nhecimento da cultura organizacional e
do ambiente em que atua; e o assumir do
papel de liderança.
Lopes destaca, no entanto, que tais pontos
são apenas referências, pois não há certo
nem errado. O ideal é criar a metodologia
de acordo como ambiente emque se atua.
Antonio Carlos Rodrigues Lopes,
Arquiteto com MBAs em Gestão de
Negócios e Facilities, atuou na editora
Abril de 1997 a 2015 na gestão de
Facilities e desde 2015 é Gerente Técnico
de operações na própria editora,
agora como executivo da Manserv
AUTOAVALIAÇÃO DE
SISTEMAS GERENCIAIS DE
FACILIDADES HOSPITALARES
A complexidade da missão do Facility Ma-
nagement tem no setor hospitalar um dos
seus exemplos mais ilustrativos. São diver-
sos processos que ocorrem paralelamente
para dar apoio ao core business e atendi-
mento aos clientes internos e externos, 24
horas por dia. Para estruturar o trabalho
de forma sistemática, tendo efetividade e
confiabilidade, metodologia é indispensá-
vel. Na busca por métodos de avaliação de
desempenho e ao se deparar com a carên-
cia de referências bibliográficas para tal,
Jucilene constatou que as metodologias
de certificações são um rico material para
o gerenciamento de facilidades, apesar de
só 4,61% dos hospitais do Brasil adota-
rem essas práticas que já são consagradas
mundialmente.
O estudo traz aprendizados, ferramentas
de diagnósticos, roteiros e indicadores em
diferentes categorias. O objetivo é criar
mecanismos para que o gestor analise os
processos relevantes, identifique os pon-
tos que requerem mais atenção, estabe-
leça planos de melhorias e acompanhe os
resultados por meio do Sistema Gerencial
de Facilidades Hospitalares (BSC).
Jucilene Batista Mota,
Gerente Técnica
no Hospital Estadual Vila Alpina,
SECONCI – OSS, com dez anos de
experiência na gestão dos serviços de
hotelaria hospitalar, desenvolvimento
do programa de gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde e
gestão de contratos.Tem MBA em
gerenciamento de facilidades pela
Universidade de São Paulo e é pós-
graduada em Hotelaria Hospitalar
pelo Instituto de Ensino e Pesquisa
– Hospital Israelita Albert Einstein
Fotos Gheller Fotografias