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18 INFRA

Outsourcing & Workplace

e no planejamento, e não

apenas na administração de

pessoas. Os tomadores de

serviço, por seu lado, preci-

sam confiar na expertise dos

prestadores, estabelecendo

e aplicando parâmetros de

SLA’s e KPI’s para refletir o

maior ou menor desempe-

nho do prestador.

Para que uma contrata-

ção seja bem-sucedida, é im-

portante:

• criar fóruns de discussão

entre tomadores e presta-

dores para discutir e definir

um compromisso ou um

código de contratação que

permita o estabelecimento

de relação mais duradoura

e estável entre contratante

x contratada;

• participar das entidades de

classe/categoria como me-

diadoras desses fóruns;

• desenvolver programas de

treinamento técnico com a

colaboração das entidades

de classe;

• definir o escopo de trabalho;

• definir previamente as con-

dições técnicas e comer-

ciais da prestação dos ser-

viços;

• estabelecer condições de

ambiente de trabalho e be-

nefícios que incentivem a

permanência no trabalho,

reduzindo, portanto, a rota-

tividade.

Além disso, como con-

sultores, nosso papel é o

de catalisador do processo,

procurando reunir os toma-

dores e prestadores e cons-

cientizando-os da necessi-

dade de convergir esforços

para profissionalizar e atua-

lizar os processos de contra-

tação de serviços.

Em paralelo estar a par

das tendências mundiais

de contratação de serviços,

agindo como divulgador des-

sas tendências.

Daniel Tressoldi

Camargo,

Sócio da Furriela

Advogados

No mercado de facilities,

o processo de compra é sem-

pre uma tarefa tormentosa.

Como lidamos basicamente

com prestação de serviço,

é imprescindível entender

exatamente a qualificação

técnica do prestador. A mão

de obra qualificada é o maior

problema que enfrentamos

nessa área e a rotatividade

(turn over) dos profissionais

é um sério fator complica-

dor, pois não permite que os

profissionais assimilem as

rotinas do seu local de traba-

lho, afetando diretamente a

qualidade do serviço presta-

do basicamente porque não

teve tempo de oferecer o trei-

namento necessário.

Perante isso, considero

que o ponto de partida deve

ser descrever com precisão

as necessidades e particula-

ridades do seu negócio para

uma eficiente prestação de

serviço. No momento da

contratação (e sobretudo

na concorrência de preços),

é preciso se certificar de

que estamos comparando

o mesmo tipo de serviço e

os mesmos profissionais.

Alguns prestadores de ser-

viços inserem em suas pro-

postas, materiais de menor

qualidade ou profissionais

de outras áreas (menos cus-

tosas) para desempenhar

função diversas daquela

para qual ele é qualificado.

O impacto no preço é evi-

dente, mas a qualidade do

serviço também. Infelizmen-

te, essa é uma prática muito

comum entre os prestado-

res de serviços brasileiros.

A negociação em boa-fé é

o primeiro passo para uma

relação duradoura e qualifi-

cada. Além disso, trazer os

prestadores para conhecer

a rotina e necessidades do

prédio durante o processo

de concorrência é funda-

mental para que eles enten-

dam exatamente o que en-

contrarão e avaliem se são

capazes de desempenhar

um bom trabalho. Outra

providência que costumo

adotar é buscar informações

a respeito da empresa a ser

contratada (avaliação de

outros tomadores de servi-

ços, número de reclamações

nos órgãos e sites de defesa

do consumidor, reclamações

trabalhistas, execuções fis-

cais, tempo de resposta das

reclamações etc.). Tudo isso

diz muito sobre a reputação

das empresas prestadoras

de serviço.

Nos novos contratos, o

ponto de partida da empre-

sa em que eu atuo é a nego-

ciação em boa-fé, através da

indicação exata das minhas

necessidades e questões

objetivas sobre a capaci-

dade da prestadora em me

atender. O segundo ponto é

ouvir a equipe de manuten-

ção e administração do con-

domínio para que externem

as impressões da candidata

e destaquem as reais neces-

sidades do prédio antes de

decidir. Captar o máximo de

informações possíveis dos

candidatos, inclusive infor-

mando-se sobre a reputação

dela no mercado. Penso que

o critério de seleção tem que

ser objetivo (nunca subjeti-

vo), e informação, capacita-

ção, negociação e preço são

fundamentais no processo

decisório. Conciliando todas

elas e negociando dentro de

um orçamento previamente

determinado, não costuma-

mos ter problemas.

COMPRA E VENDA DE SERVIÇOS