14 INFRA
Outsourcing & Workplace
que fazemos parte do nosso
cliente, e ele precisa saber
de onde surge todos os cus-
tos pagos no final do mês.
Para nossos clientes, esta-
mos implantando um siste-
ma de controle de qualidade
que é realizado por meio de
um aplicativo instalado em
qualquer smartphone que
se conecta em tempo real
com toda a equipe da base.
Esse serviço é gratuito afim
de agregar valor à limpeza
profissional e evidenciar pa-
drões de qualidade através
de QR Codes, fazendo parte
da melhoria continuada em
nossos processos de gestão
ISO 9001 e 14000.
Luiz Eduardo
Mendonça,
Vice-
presidente da Álamo
Engenharia
A demanda de serviços
especializados, em nosso
segmento, parte da área de
operações que deve redigir
um documento claro com as
especificações e requisitos
necessários a sua prestação.
Isso nem sempre ocorre, sob
a alegação de que a empresa
compra serviços e não mão
de obra, ficando o departa-
mento de suprimentos res-
ponsável por uma aquisição
cujo teor técnico nem sem-
pre domina.
Em outras situações,
é definido em edital uma
equipe insuficiente para os
serviços demandados, sem
que seja dado aos fornece-
dores a oportunidade de
questionamento. Exemplo:
pela NR-10 um eletricista
deve trabalhar em dupla
(com ajudante), é comum a
demanda de apenas um ele-
tricista e não a dupla.
Nesse sentido, deve ha-
ver uma integração entre as
três partes: operação, supri-
mentos e fornecedores. Em
sua especificação de requi-
sição de serviços, a opera-
ção deve incluir claramente
suas necessidades e definir
um quadro mínimo de mão
de obra e insumos (equi-
pamentos, veículos etc.)
necessária à execução dos
serviços. Esse quadro mí-
nimo, mesmo que não seja
enviado aos fornecedores,
norteará suprimentos em
seu trabalho, ajudando a
descartar aquelas empre-
sas que, no afã de conseguir
contratos, propõem uma
equipe subdimensionada,
com um inerente atrativo
preço baixo. Tal situação
gerará desgastes futuros
para todos, chegando a
causar a substituição da
empresa escolhida.
Em contratações de maior
porte, é um procedimento
bastante salutar haver reu-
niões individuais entre cada
fornecedor finalista com ope-
ração e suprimentos para que
sejam feitos questionamen-
tos de como ele pretende rea-
lizar os serviços propostos,
bem como dirimir eventuais
dúvidas existentes.
Outro ponto importante
é a visita técnica, que deve
ser programada pela opera-
ção de forma objetiva, for-
necendo todos os dados ne-
cessários, pois é uma ilusão
achar que, após essa visita,
o fornecedor será profundo
conhecedor do site onde os
serviços serão prestados.
Essa visita feita de forma
deficiente no processo de
compra prejudica a realiza-
ção futura dos serviços bem
como, de forma mais dire-
ta, a empresa que presta os
serviços ora licitados, pois a
mesma considerará necessi-
dades reais não vislumbra-
das pelos demais concor-
rentes (nem mencionadas
na visita pela operação).
Por parte de suprimen-
tos, alguns cuidados devem
ser tomados: 1. dar prazos
exequíveis aos fornecedo-
res para confecção de suas
propostas e revisões sub-
sequentes; 2. ter o cuida-
do para que o processo de
compra não se estenda em
demasia em suas revisões.
Um prazo razoável é de, no
máximo, três meses após a
primeira entrega de propos-
ta. Prazos longos tendem
a diminuir a qualidade das
propostas, pois as empresas
passam a se envolver com
outros processos.
Em nosso segmento,
o da manutenção, temos
procurado sempre incluir
a utilização de software es-
pecífico. Isso nem sempre
se torna possível pois, em
várias situações, a empresa
já dispõe de seus próprios
processos, nem sempre
adequados à manutenção.
Isso nos obriga a ter uma es-
trutura administrativa que
acaba aumentando o preço
final e que, normalmente, a
empresa contratante con-
sidera não ser necessária,
embora seja.
COMPRA E VENDA DE SERVIÇOS
Outro ponto importante é a visita
técnica, que deve ser programada pela
operação de forma objetiva, fornecendo
todos os dados necessários
Luiz Eduardo Mendonça
, da Álamo Engenharia