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Outsourcing & Workplace
ENERGIA
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por Antonio Carlos Ortolani Baptista
OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO
DE ENERGIA ELÉTRICA EM
EDIFICAÇÕES
1) Incertezas da política energé-
tica nacional, influenciadas por fa-
tores políticos e econômicos com
ações pontuais que não determinam
soluções duradouras, e investimen-
tos sempre aquém das necessidades
para o alcance do crescimento eco-
nômico desejado.
2) As características do nosso País:
a) dimensões continentais; b) matriz
energética baseada na hidroeletrici-
dade, com aproveitamentos rentáveis
distantes dos grandes centros de con-
sumo, sujeitos às restrições ambien-
tais; c) população ávida pela melho-
ria da qualidade de vida, e por isso,
consumidora crescente de energia.
3) O Custo Social de atendimento
às regiões que necessitam de energia
para o crescimento, sem atratividade
para investimentos.
Esses são alguns dos aspectos que
estabelecem um cenário para os pró-
ximos anos de crescente restrição na
expansão da oferta de energia elétri-
ca e aumento gradual dos custos.
Esse panorama obriga os profissio-
nais responsáveis pelo projeto, ope-
ração e manutenção das edificações,
colocar a gestão de energia elétrica
como fator prioritário de planejamen-
to estratégico a ser constantemente
otimizada para continuidade e expan-
são segura de suas instalações.
Visualizando a gestão de energia
elétrica com essa amplitude, pode-
mos adotar as seguintes ações de oti-
mização:
• Rever constantemente os processos
a fim de reduzir os custos de energia.
• Usar modalidades tarifárias de ener-
gia mais econômicas.
• Ajustar os contratos de energia às
reais necessidades da companhia, a
fim de eliminar multas por ultrapas-
sagem de demanda e por baixo fator
de potência.
• Avaliar a opção pelo mercado livre
de energia.
• Implantar sistemas de monitoração
e controle do uso que permitam a
identificação de potenciais de eco-
nomia e o acompanhamento efetivo
de resultados.
• Utilizar técnicas e tecnologias mais
eficientes nos principais consumido-
res energéticos: iluminação, condicio-
namento de ar, Data Centers, eleva-
dores, força motriz de utilidades etc.
Devemos ainda, implementar ações
direcionadas ao fomento “duradouro”
das instalações, tais como:
• Melhorar a utilização das instalações
de recebimento, transformação e
distribuição de energia, para permi-
tir a substituição de equipamentos
ou futuras expansões com o menor
custo de adequação.
Antonio Carlos Ortolani
Baptista
foi Engenheiro
Especialista da
Companhia Energética
de São Paulo – Cesp
e Gerente da Divisão
Técnica na Agência para
Aplicação de Energia.
Possui trabalhos como
Instrutor na Federação
das Indústrias do
Estado de São Paulo
– Fiesp, no Centro das
Indústrias do Estado de
São Paulo – Ciesp, no
Núcleo de Treinamento
Tecnológico (Rio de
Janeiro), no Instituto de
Engenharia (São Paulo).
Como Consultor na
Eletrobrás, no Programa
das Nações Unidas para
o Desenvolvimento –
Pnud e diversos Grupos
Empresariais. É Diretor
da Backing Engenharia
e Treinamento
(backingacarlos@
uol.com.br).
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