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INFRA

Outsourcing & Workplace

frota de benefício e operações, gestão

de ativo fixo, viagens corporativas, dede-

tização, cenografia, manutenção e segu-

rança, partindo do marco zero”, enume-

ra a Gerente de Facilities da Rio 2016.

Para realizar todas essas operações,

a equipe de facilidades se relacionou,

inicialmente, com as 64 áreas funcio-

nais que faziam parte do Comitê Olím-

pico, depois reduzidas a 54.

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Exceto o serviço de copa destina-

do à diretoria executiva, presidência,

ministros, membros do COI e patroci-

nadores, todos os demais foram ter-

ceirizados, como segurança, recepção,

malote, montagem e cenografia, e lim-

peza e manutenção. Para enquadrar

os parceiros nos pilares olímpicos, os

funcionários das empresas contratadas

recebiam treinamentos a cada três me-

ses, no primeiro ano de contrato.

Além disso, o gerenciamento dos

serviços terceirizados continha uma

série de particularidades, que pude-

ram ser enfrentadas e experimentadas

nos eventos-teste que antecederam os

jogos. Na opinião de Ramos, o desafio

estava em não afetar as diversas ativi-

dades realizadas nas áreas olímpicas.

“Imagine fazer a limpeza no local

em que o estúdio do Japão estaria

transmitindo o treino confidencial dos

atletas ao vivo ou encurtar o cronogra-

ma de entregas para que não houvesse

nenhum escalador na janela enquanto

o jornal era transmitido?”, questiona.

GERIR PESSOAS E EXPECTATIVAS

No caso dos espectadores, Ramos

afirma que entre os desafios estava

o de esclarecer com transparência as

ações da equipe de facility manage-

ment, desde como os escopos para as

contratações eram estabelecidos até

como os pagamentos ocorriam.

“Já no momento das competições,

era o de entregar espaços confortáveis,

limpos e com boa visão, dentro daquilo

que eles adquiriram em seus ingressos,

com pouco efetivo e buscando manter

os voluntários motivados para voltar e

nos ajudar no dia seguinte”, conta a Ge-

rente de Facilidades.

O atendimento ao público presente

nas arenas de competições ganhou ain-

da mais valor, sobretudo, pela rejeição

dos brasileiros à realização dos jogos.

O aplicativo de pesquisas dinâmicas

PiniOn, por exemplo, realizou uma pes-

quisa de opinião sobre as Olimpíadas no

Rio de Janeiro com três mil pessoas: so-

mente 24%dos participantes da enquete

afirmaram que sediar os Jogos Olímpi-

cos era positivo para o País. A pesquisa

mostrou, ainda, que apenas 26% concor-

davam com a tese de que a realização

das Olimpíadas melhorava a imagem in-

ternacional do Brasil. Apesar dos baixos

índices, 62% disseram que pretendiam

acompanhar a cerimônia de abertura.

Daiane Ramos, Gerente Administrativa do

Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos

e Paralímpicos Rio 2016

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