Revista Infra março 2014 - page 20

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Outsourcing & Workplace
No entanto, segundo ele, atualizar
a infraestrutura dessas edificações, ge-
ralmente grandiosas, é outro imenso
desafio que se impõe, hoje em dia, aos
profissionais que atuam no setor. “Mui-
tos equipamentos foram edificados há
anos, quando as exigências referentes
à acessibilidade e à sustentabilidade
não se impunham como condicionan-
tes”, explica.
Além de estar em dia com esses re-
quisitos cada vez mais latentes, essa
busca deve objetivar também à otimi-
zação de recursos e equipamentos por
uma gestão profissionalizada com foco
em resultados, sejam eles financeiros
ou não. “Essa é, e assim deve ser, a
agenda de desafios dos técnicos e ges-
tores dos Centros de Convenções: olhar
o presente com visão no futuro. É per-
manente a busca por soluções e inova-
ções que impactem a gestão, harmo-
niosamente combinada para o perfeito
equilíbrio entre a melhoria dos serviços
e a satisfação do cliente, com a eficien-
te e eficaz gestão do negócio”, afirma o
diretor da Associação que representa o
setor, acrescentando ainda que, “o in-
cremento das receitas, seja pela explo-
ração do produto específico (locação),
seja pela agregação de outros valores,
é uma constante preocupação, junto
com a otimização dos custos”.
Ampliar, revitalizar, consertar, cui-
dar das pessoas, das empresas, dos
clientes, e dos clientes dos clientes. Da
construção, das ferramentas e equipa-
mentos de trabalho, dos contratos, das
normas, dos manuais, dos relatórios, da
logística... Tudo urgente, tudo para ago-
ra, mas já com vistas no futuro. Junta-se
a ampla gama de atuação do facility – o
especialista em ser generalista – com a
dinâmica frenética do mundo dos even-
tos... Dos grandes eventos. O resultado é
a vida de profissionais como Fernandez,
minimamente resumida nestas páginas.
Para quem estiver a fim de embar-
car nessa adrenalina, vale destacar que
mesmo com certa estabilização do vo-
lume de negócios em 2014, devido à
Copa do Mundo de Futebol, em espe-
cial nos meses de maio a julho, grandes
investimentos vêm sendo realizados,
fortemente puxados pelos investimen-
tos públicos – cerca de R$ 680 milhões
– para a implantação de novos Centros
de Convenções e modernização de ou-
tros. De acordo com Camargo, “para os
próximos anos, prevemos ainda uma
sensível aceleração nos negócios, de-
corrente do aumento da competitivida-
de setorial e pelos ganhos advindos dos
mega eventos que estamos realizando”.
Atualmente, a Associação estima
a existência de aproximadamente 140
Centros de Convenções, considerando
apenas os nominados “puros” ou “inde-
pendentes”, isto é, que não estão liga-
dos à hotelaria. Juntos, eles são respon-
sáveis por um faturamento bruto anual
próximo a R$ 200 milhões e realizam
cerca de 17,5 mil eventos por ano, rece-
bendo um público visitante da ordem
de 28 milhões de pessoas e empregan-
do cerca de vinte mil trabalhadores.
Para se juntar a essa população,
é preciso profundo conhecimento do
mercado, aliado à capacidade de lide-
rança e permanente foco na busca de
resultados aos investidores, sejam eles
públicos ou privados. “Evidentemente
que o resultado almejado em inversões
públicas prima mais pelo social e pelo
fomento às organizações componentes
da cadeia produtiva do setor, enquan-
to que os investimentos privados bus-
cam resultados que assegurem retorno
atraente”, pondera Camargo.
Além disso, o profissional, preferen-
cialmente, deve ter formação superior,
sendo desejáveis conhecimentos es-
pecíficos nas áreas de marketing, ad-
ministração e finanças, além de domí-
nio do idioma inglês, particularmente
àqueles que primam atuar em Centros
de Convenções aptos a sediarem even-
tos internacionais.
Ao todo, são 1,8 milhão de visitantes por ano, além de toda a equipe de montagem e
desmontagem do evento, que pode chegar a uma média de 5 mil profissionais
Divulgação
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