Revista Infra agosto 2014 - page 26

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Outsourcing & Workplace
que significa “receita por quarto dispo-
nível”), com incremento de 8,8% em re-
lação a 2011, a taxa de ocupação ficou
em 5,6% abaixo do alcançado em 2011,
segundo o estudo “Hotelaria em Nú-
meros”, realizado pela JLL (Jones Lang
LaSalle’s Hotels & Hospitality Group).
O resultado foi salvo pelo aumento de
15,2% no valor das diárias médias.
A tendência continua em 2013, com
queda na ocupação e aumento no va-
lor da diária. Mas a expectativa da nova
edição do estudo, que será divulgado
em agosto, é que a diária média não
apresente o mesmo crescimento visto
em 2012, o que acarretará em ummenor
aumento do RevPar, que deve ficar entre
5% e 7%. Para Ricardo Mader, diretor da
área de Hotéis e Hospitalidade da JLL
para a América do Sul, em 2013 o ritmo
do aumento da rentabilidade das uni-
dades já não é o mesmo. “Os resultados
foram menores em termos percentuais,
porque os custos subiram mais que a
inflação oficial. Em 2014, a Copa tem
ajudado, mas estamos com receio em
relação ao segundo semestre”, afirma.
Ainda assim, o Brasil continua na
mira dos investidores. Como destaca o
presidente do Fohb, Roberto Rotter, o
País vem sendo elogiado por turistas.
Temos dimensões continentais enor-
mes e centenas de atrativos turísticos.
Ainda há muito espaço para crescer. Até
o fim de 2017, por meio de seus parcei-
ros, a Accor pretende investir R$ 2 bi-
lhões, acrescentando 125 unidades ao
portfólio, que chegará a um total de 339
empreendimentos. “Acreditamos muito
no Brasil e na América do Sul. Evidente
que temos alguns sinais de turbulên-
cias, o que nos impulsiona a sermos
hábeis e profissionais para colher mais
resultados”, pondera.
Duas estratégias entram em foco.
Uma delas é destacada pelo consultor
hoteleiro Maarten van Sluys, sócio da
JR & MvS Consultores. “Quando se vive
em um mercado de competitividade e
consequente pressão sobre os valores
praticados, cada dia mais comum, é ne-
cessário adotar uma política comercial
agressiva. Talvez por isso, como obser-
va Mader, a gerência-geral de um hotel
tem sido ocupada por profissionais
com perfil de vendas e relacionamento
com os clientes: “Como na hotelaria as
funções não são muito separadas, até
pela equipe enxuta que se tem, perde-
-se um pouco o lado do conhecimento
na área de facilities, em detrimento da
questão comercial. Então, cabe ao pro-
prietário ficar em cima ou ter alguém
especificamente em manutenção que
tenha o olhar mais macro”, acredita ele,
que faz justamente o papel de defender
os interesses do investidor.
Foco no cliente é também a priori-
dade na área que engloba a função de
facilities na rede Accor – que conta com
198 hotéis no Brasil e previsão de termi-
nar o ano com mais 16. Sob o guarda-
-chuva da diretoria técnica de implan-
tação e patrimônio da Accor América
do Sul, comandada por Paulo Mancio,
que envolve construção, engenharia e
design, há o departamento de Property,
onde estão os facilities. Pautado pelo
conceito de guess experience, Mancio,
que também é professor de engenharia
A experiência
positiva do hóspede
envolve diretamente o
trabalho do facility
Paulo Mancio,
da Accor
Paulo Mancio, diretor de implantação e
patrimônio da Accor América do Sul. Área
envolve construção, engenharia e design
Roberto Rotter, presidente do Fohb:
ainda há muito espaço para a hotelaria
brasileira crescer
Fotos Divulgação
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