Revista Infra agosto 2014 - page 30

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Outsourcing & Workplace
(resorts) etc.”, exemplifica ele, que atua
há 28 anos no setor.
Para Mader, o foco dos hotéis tem
que ser “reduzir custos”, principalmen-
te, de energia, com utilização de lâm-
padas de Led, uso de energia solar, ne-
gociação de energia no mercado livre, e
até em insumos. “Acho que há bastan-
te coisa para fazer. Quando viemos de
uma fase muito boa, é comum baixar a
guarda. Mas agora é o momento de fo-
car em uma boa gestão de insumos, de
energia e de pessoas”, destaca.
Foi por meio de um projeto de efi-
ciência energética que a Accor conse-
guiu reduzir 35% da conta de energia
de um dos hotéis em que opera. Só o
ar condicionado, segundo Mancio, re-
presenta, em média, 65% do consumo
de energia. Nas contas de Sluys, o con-
sumo de utilities de forma geral, como
energia, água, esgoto, gás e óleo diesel
representam pelo menos 20% dos gas-
tos diretos sobre a operação hoteleira.
Por sua vez, as tecnologias que
impactam nesses números, como a
de reutilização de água, automação
predial, circuitos elétricos inteligen-
tes, iluminação fria, vidros reflexivos
e elevadores inteligentes requerem
significativo investimento nos novos
hotéis. “Estimo que elas representem
um acréscimo de, no mínimo, 15% dos
valores globais de investimento estru-
tural, com um payback diluído ao lon-
go dos dez anos iniciais da operação”,
contabiliza.
O desafio é que os investidores não
querem apenas retorno de investimen-
to, eles querem retorno de investimento
no menor prazo possível. Ou seja, é o fa-
zer mais, melhor, commenos e... Rápido.
“Embora sejam viáveis do ponto de
vista de retorno de investimento, o uso
de tecnologias mais sustentáveis como
a que viabiliza o uso de energia solar e
eólica, que acho ser um caminho a ser
seguido no futuro, ainda tem um tempo
de retorno muito longo, considerando
que lidamos com investidores que têm
uma visão de curto ou de, no máximo,
médio prazo”, explica Sluys.
Mader demonstra essa preocupa-
ção com o payback dos investimentos
aplicados. Em um dos hotéis que ele
representa o investidor, conta que por
várias vezes se falou em energia solar,
mas não se conseguia justificar tal in-
vestimento. Só agora, com o avanço da
tecnologia e queda no preço, o projeto
acabou de ser aprovado, com um pay-
back de dois anos.
Segundo Sluys, também pelos cus-
tos de implantação envolvidos, não foi
possível trazer para o Brasil todas as
ferramentas de gestão utilizadas nos
países desenvolvidos: “Uma vez que
tais custos são aprovados por conse-
lhos de investidores pouco afeitos à
operação e à dimensão da importância
destes. Em uma análise preliminar de
Go Inn Del Rey, em Belo Horizonte/
MG - um dos hotéis que contou com a
consultoria de Maarten van Sluys
Divulgação
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