Revista Infra agosto 2014 - page 32

32 INFRA
Outsourcing & Workplace
PESSOAS AO MEIO DO CAMINHO
Mesmo com a
consolidação do segmento,
contratantes, fornecedores
e usuários continuam em
uma busca permanente
para que sejam atendidas
às expectativas de todos
os envolvidos no processo
de limpeza e conservação
dos ambientes. E no
meio deste caminho há
pessoas, hierarquias,
condutas e formas de
relacionamento que são
elementos-chaves para o
sucesso de uma limpeza
realmente profissional
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO |
por Léa Lobo
P
or melhor que se faça, ainda não
há e nem haverá uma receita de
prestação de serviços terceirizados ou
não, que surpreenda as expectativas
de todas as pessoas que se relacionam
em todo o processo da limpeza profis-
sional. Seja em função do perfil e do
relacionamento dos clientes, dos pres-
tadores, dos usuários, do segmento de
atuação, ou pela própria falta de legis-
lação. Os Projetos de Lei n. 4.330 e n.
1.621, que propõem a regulamentação
do trabalho terceirizado, por exemplo,
estão parados há mais de seis anos na
Câmara, principalmente devido à sub-
jetividade do que é ou não uma ativi-
dade-fim, entre outros interesses, prin-
cipalmente, partidários e sindicalistas.
Na perspectiva da cadeia do merca-
do de limpeza e conservação, devemos
atentar que dentro de um espaço que
será higienizado, sempre haverá “pes-
soas” comuma grande diversidade, seja
na cultura, na idade, na formação, nos
hábitos, considerando que há àqueles
que tem ou não o conhecimento e a
consciência da importância da higiene
como um benefício para a saúde. So-
mado a isso, as instalações, que muitas
vezes não foram pensadas/construídas
para facilitar e otimizar os processos
para uma higienização adequada. Ou
seja, o diálogo contínuo entre todos os
envolvidos na cadeia produtiva do se-
tor pode contribuir e muito para a me-
lhoria dos serviços. Alguns fornecedo-
res e contratantes ainda se melindram
ao sugerir as companhias que se façam
treinamentos periódicos com os usuá-
rios do espaço sobre a importância da
colaboração para que indivíduos sujem
menos, principalmente em função das
hierarquias corporativas.
Quanto ao “melindre” aproveitamos
para fazer um parênteses e pontuar que
as contínuas manifestações populares
que andam acontecendo regularmente
em todo o território nacional, indicam
que a maioria das pessoas querem
uma melhora para a coletividade e não
apenas para a sua situação individual e
que esta consciência, em muitos locais,
já começam a migrar das ruas para
dentro dos escritórios. Isso nos permi-
te vislumbrar que tudo o que for bom
para todos tem grande chance de ser
aceito e incorporado mais rapidamen-
te. Este é o pensar coletivo, e não mais
o individual. Afinal gerenciar pessoas
é também conscientizá-las, uma ação
sempre necessária para que empresas
tenham mais sucesso.
CONSOLIDAÇÃO
Cada vez mais o mercado está cons-
ciente de que empresas especializadas
(terceiras), mesmo que com margens
de negociações apertadas, continuam
crescendo em quantidade e profissio-
nalização. E crescem porque conse-
guem, em sua grande maioria, atender
boa parte das expectativas e necessida-
des dos envolvidos neste processo.
Segundo a pesquisa, “A Força do
Setor 2012” da Federação Nacional das
Empresas de Serviços e Limpeza Am-
biental (Febrac), estima-se que em 2011
os prestadores de serviços dos setores
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