Revista Infra setembro 2014 - page 10

• P2. Desejável: é o patamar seguinte,
no qual conseguimos fazer ajustes fi-
nos, como melhorar os acabamentos
nas unidades (pintura, por exemplo)
ou trocar um sistema, material ou
equipamento por outro mais eficiente.
Este modelo é ótimo porque a corpo-
ração tem uma visão e uma “régua”
do que pode ou não cortar. O nível P0
nunca pode ser cortado, este está pre-
servado e será realizado, independente
do cenário do negócio ou da economia.
Mas deve ser difícil definir em
um orçamento tão grandioso?
Eu brincava na outra empresa em que
trabalhei, que para ter condições de
separar e aprovar estes investimentos
você precisa visitar as unidades, ver
o que precisa, como está a estrutura.
No começo tudo era obrigatório, mas
hoje nós só fazemos se está dentro do
orçamento e do plano. Tudo começa
com um trabalho, não de reeducação,
mas de entendimento, pelo ganha-
-ganha. Só assim começamos a alocar
o investimento no momento certo e
conseguimos construir um orçamento
muito melhor.
Mas no meio do cami-
nho há emergências?
Emergências acontecem. Recentemen-
te, uma chuva torrencial em Blumenau/
SC alagou uma biblioteca. Um investi-
mento que não tínhamos previsto. An-
tigamente não existiam mecanismos
para esta gestão. Então, criou-se o
comitê de obras emergenciais. Sema-
nalmente, o time de operações recebe
as demandas dos gerentes técnicos
regionais, para alinhar e atender as
necessidades. Ainda para ajudar neste
contexto trabalhamos com operações
volantes (que cuidam dos ativos) em
visitas regulares.
Como tem unidades em todo o Brasil,
como trabalham cada localidade?
Focamos tudo que precisa ser realiza-
do num gerente técnico, para que ele
traga as demandas para nossa gestão
centralizada. É um modelo que age
localmente, mas que toma a decisão
de forma centralizada, sabendo o que
estamos fazendo na ponta. O gestor
regional traz a defesa técnica e aí clas-
sificamos. Mas garantimos que tudo
seja feito e no fim do dia não é muito
caro, se trata de uma questão de iden-
tificar o que e onde vai colocar o seu
investimento e assim acaba sobrando
recursos para investir nas demandas de
P1, P2. Quando não se tem uma visão
estruturada do orçamento, você corre
o risco de realizar cortes precipitados.
Dessa forma, aplicamos o investimento
com mais sabedoria e essa é uma das
frentes que conseguimos ganhar bas-
tante na gestão.
E como é gerenciar 129 ati-
vos imobiliários?
A grande maioria dos ativos são loca-
dos. Aqui, brincamos que somos uma
colcha de retalhos que foi sendo cos-
turada a partir do sonho de construção
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