Revista Infra setembro 2014 - page 12

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Outsourcing & Workplace
dos grandes empreendedores da edu-
cação. Eu diria que nove em cada dez
ativos imobiliários são locados.
Para o negócio da educação é mais
interessante a locação ou a aquisição?
É discutível. Para os locadores é exce-
lente, entretanto, estamos avaliando a
aquisição de imóveis e já o fizemos no
ano passado. Preocupamo-nos com a
Lei do Inquilinato, que com suas revi-
sionais, a cada três anos, pode-se fazer
com que o valor do contrato aumente
muito e isso pode colocar um determi-
nado ponto de uma unidade educacio-
nal em risco. Mesmo com contratos de
dez anos, um dia o locador pode querer
encerrá-lo. E se você tem uma unidade
vitoriosa e estabelecida, corre o risco
de com a mudança impactar o resulta-
do do negócio, a marca.
E os planos de crescimen-
to de novas unidades?
Temos uma inteligência interna que já
nos indica os vetores de crescimento e
a origem dos alunos, temos uma estru-
tura de planejamento que roda todo o
estudo de viabilidade que são alimen-
tados pelo marketing e informações
imobiliárias. Com os dados, montamos
um valuation, e os estudos são subme-
tidos aos comitês da governança. Nos-
so plano quinquenal de investimentos
leva em consideração a projeção do nú-
mero de alunos que vamos receber em
nossas instituições, indicando quando
e quanto em espaços precisa ser adqui-
rido. Assim, antecipamos inclusive to-
das as necessidades de compras, afinal
quando compramos com tempo, com-
pramos melhor. Mesmo porque com a
chegada da Anhanguera, que mais que
dobrou nossa quantidade de “filhos”, é
preciso comprar em escala.
Para alocar um batalhão de
1.500.000 alunos é preciso muita
manutenção de cadeiras, não?
(Risos). Hoje também temos esta deci-
são: se fazemos a manutenção das ca-
deiras interna ou terceirizada, e ainda
não há uma resposta pronta. Compras
regionais são feitas mais próximas das
unidades. Porém, um kit multimídia,
considerado o “recheio da sala de aula”,
precisa ser adquirido em escala. Para
você ter uma ideia de grandiosidade,
transformamos o tamanho das salas de
aula em campos do Maracanã e soma-
mos mais de cem Maracanãs em salas
de aula, emmetragem quadrada. Só no
último semestre construímos e entre-
gamos operando o equivalente a oito
campos de futebol de salas de aula. É
mais ou menos isso que entregamos
por semestre.
É muito bom ouvir isso, saber que
estamos construindo infraestrutu-
ra para a demanda da educação.
Eu brinco com o time (fazendo alusão
ao filme Amor sem Escalas) onde o
protagonista (George Clooney) tinha o
pior emprego do mundo: andar pelo
país inteiro, demitindo pessoas. Falo
para o nosso time que aqui o emprego
é o oposto: colocar tijolos, dar emprego
para professor, possibilitar a educação
para mais gente. É um privilégio traba-
lhar com a expansão, com o crescimen-
to. Levar educação onde não existe. E
pretendemos ir para cada pedacinho
do Brasil.
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