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Outsourcing & Workplace
REAL ESTATE
AS CONTURBAÇÕES NO REAL
ESTATE DIANTE DA CONJUNTURA
ECONÔMICA EM 2016
N
a primeira reunião anual do Comi-
tê de Mercado do Núcleo de Real
Estate da Escola Politécnica (NRE) te-
mos adotado como pauta o desempe-
nho macroeconômico projetado e seus
impactos no ambiente do Real Estate.
Debatemos sobre impactos que a
adoção de diferentes alternativas de
ajuste pode provocar no Real Estate,
seja pelas relações diretas de influên-
cia econômica ou pelo ambiente po-
lítico resultante dessas alternativas,
mais favoráveis à retomada da con-
fiança e do investimento.
A EVOLUÇÃO DA DÍVIDA
EM TRÊS CENÁRIOS
As projeções do Santander indi-
cam que, sem ajuste fiscal agressivo,
a trajetória da dívida pública bruta
poderá alcançar, ao final de 2018, o
patamar de 88% do PIB.
A leitura que o mercado vem fa-
zendo dessa trajetória da dívida é que
resultará na insustentabilidade da
solvência estatal no longo prazo.
Foram apresentadas e discutidas
três estratégias distintas como alter-
nativas para formulação de políticas
de governo para lidar com a evolução
da dívida bruta.
i.
A primeira hipótese se apoiaria
em um ajuste fiscal focado priorita-
riamente no longo prazo, considera-
da como a proposição virtuosa, en-
volvendo a redução do gasto público
com foco na contramão da estrutura
do Estado e principalmente a refor-
ma da previdência, combinados com
eventual aumento pontual de impos-
tos e contenção dos gastos com pro-
gramas sociais.
ii.
Uma segunda hipótese estaria
voltada para buscar o reequilíbrio
das contas públicas e, portanto, da
inversão da curva de crescimento da
dívida, por meio da aceitação e do
convívio da economia com índices
mais elevados de inflação, chamada
de hipótese disruptiva.
iii.
A terceira hipótese de endere-
çamento do problema de evolução
da dívida é a de manter uma gestão
passiva diante do problema, que não
reverte a curva de crescimento, mas
antes tende a intensificá-la, porque se
mantém o ambiente político e econô-
mico vigente, marcado por uma gran-
de aversão ao risco, que resulta em
compressão da atividade econômica
e redução da geração da receita para
o setor público via impostos.
A opinião prevalente no Comitê
é que esta é a única hipótese que a
atual administração federal é capaz
de perseguir, tendo em vista o nível
de deterioração política e desarranjo
organizacional a que se submeteu.
Núcleo de Real Estate
da Escola Politécnica
da Universidade de São
Paulo – Departamento
de Engenharia de
Construção Civil