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INFRA
Outsourcing & Workplace
agregando informações e permitindo
realizar uma pré-construção virtual na
fase preliminar do projeto: “BIM é um
conceito inteligente que envolve várias
ferramentas que consolidam a infor-
mação advinda do projeto, trafegam
essa informação pela construção, e a
levam para operação e manutenção”,
explicou Ricotta. Ele mencionou que
esta tecnologia significa Modelagem da
Informação da Construção ou Modelo
da Informação da Construção, que é
um conjunto de informações geradas e
mantidas durante todo o ciclo de vida
de um edifício.
Logo na fase inicial, uma das ideias
segundo o Arquiteto é extrair toda a
documentação do projeto e criar uma
base para a execução de um corte ar-
quitetônico. Assim, é possível atuar
com o BIM em todo o ciclo de vida da
edificação: fase conceitual e desenvol-
vimento do projeto, análise, movimen-
tação, construção de modelos e opera-
ção e manutenção do edifício.
Quando o projeto é finalizado e se
inicia, de fato, sua construção, o gran-
de benefício é levar esse modelo para a
obra em um tablet, notebook ou celu-
lar, e permitir que o modelo 3D auxilie
os construtores a solucionar dúvidas e
fazer uma série de anotações de ordem
de serviços.
Tudo isso é possível até a fase de ope-
ração e manutenção, em que a informa-
ção que nasceu no projeto perpassando
a construção chega em ummodelo final
para auxiliar na operação, com pratica-
mente todo o histórico do edifício.
Dessa forma, utilizando o modelo
do arquiteto da fase de projeto, é pos-
sível fazer a análise energética para
ganhar mais produtividade, diminuir
custos em termos de ar condicionado,
e uma série de outros fatores.
Além disso, é possível identificar
todas as possíveis interferências em
um momento anterior à construção,
ao criar uma regra de reutilização que
encontre os problemas de infraestru-
tura da instalação. Essa regra apontará
quais são essas interferências para que
sejam utilizadas em outros momen-
tos. Assim, conforme destaca Ricotta,
a qualquer tempo é possível realizar o
levantamento das informações cadas-
tradas no modelo BIM. Além disso, há
mais facilidade para gerenciar todas as
plantas da edificação, pois elas ficam
agrupadas dentro de um único arquivo.
Mas para começar a usar essa tec-
nologia, Ricotta destaca que é preciso
entender qual o seu papel como profis-
sional dentro dessa cadeia e qual a sua
necessidade. É preciso saber o que se
quer fazer com o modelo BIM, qual in-
formação será necessária extrair dele,
para saber onde se quer chegar.
Para finalizar, Suzuki afirmou que
o FM precisa ser estratégico também
em tecnologia. Em um momento que o
País vive sob constante pressão, princi-
palmente dentro das empresas, onde o
facility é obrigado a sempre reduzir cus-
tos, é preciso implantar sistemas que
tragam benefícios reais e duradouros.
Além disso, as prioridades no mundo
estão mudando. Então, é preciso esta-
belecer metas ambientais e responder
com atitudes sustentáveis. O FM deve
combinar estratégia tática com organi-
zação, ou seja, traçar um plano de Pro-
perty e Facility, cruzando com um plano
operacional.
Mas como fazer a gestão de espaços,
de imóveis e serviços? Segundo Suzuki,
é preciso se organizar. Saber onde está
e onde pretende chegar. E para isso, é
fundamental ter um ambiente favorá-
vel ao trabalho, sem dificuldades para
reunir as informações necessárias para
uma gestão de projetos, por exemplo.
Hoje, informa Suzuki, tudo isso está
disponível no mobile. É preciso criar
um ambiente integrado de informação
para que o profissional possa enxergar
no todo sobre property, space, vacância,
eficiência etc. “Então se quero pedir uma
sala de reuniões, uso o mobile; se quero
pedir uma determinada manutenção,
uso o mobile. Por quê? Porque todo
mundo tem um smartphone”, reforça.
Então através dessa tecnologia, é
possível cruzar informações para rea-
lizar o planejamento estratégico de fa-
cilities, porque, segundo o palestrante,
uma grande preocupação do momento
é que as empresas não têm mais di-
nheiro para comprar ativos, por isso é
preciso realizar a operação e a manu-
tenção, prolongando assim, a vida útil
desses ativos.
Além disso, a tecnologia mobile per-
mite gerenciar indicadores, por exem-
plo, um alarme que indica a data de
vencimento de aluguel e possibilita o
acesso às demais informações do con-
trato; isso já é um indicador.
É possível também gerenciar os in-
dicadores de performance, após criar
um painel e definir metas corporativas
específicas. Dessa forma, a cada mo-
mento que o provedor fecha o SLA fora
do tempo, aparece a informação em
destaque no painel do gestor.
Ou seja, o uso da tecnologia mobile
dentro das empresas gera e armazena
informações que possibilitam que o
profissional de facility trabalhe de for-
ma mais rápida, pois, ele tem acesso a
tudo o que acontece em sua gestão de
maneira inteligente.