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72 INFRA

Outsourcing & Workplace

DO LIMÃO, UM LIMOEIRO

 Momento de crise

impulsiona mudança

de atitude, que pode

servir de base para

um crescimento mais

sustentável, até na gestão

pública, gerando frutos

a longo prazo. Venda

de ativos, revisão de

locações e readequação

de imóveis ancorada na

otimização de recursos,

estão entre as ações

do Governo Federal

previstas para o ano

REAL ESTATE

 | 

por Paula Caires

P

ara melhorar a qualidade dos gas-

tos públicos e, ao mesmo tempo, re-

forçar o caixa da União, o governo fede-

ral deu início a um processo de redução

de despesas e racionalização de gastos.

Uma das ações do plano é a venda de

ativos. Assim, em janeiro de 2016, o

Ministério do Planejamento, Desenvol-

vimento e Gestão, autorizado pela Lei

n. 13.240, de 2015, iniciou o processo

de alienação (venda) de imóveis sob o

seu domínio que não têm vocação para

utilização no serviço público ou em po-

líticas públicas.

De acordo com o Balanço Geral da

União de 2015, a União possui ao todo

629.652 imóveis. Desses, cerca de 46

mil são de uso especial, isto é, são des-

tinados ao funcionamento de órgãos

públicos ou à realização de políticas

públicas. O restante são imóveis domi-

niais. Esse patrimônio é estimado em

R$ 740 bilhões. Os imóveis que estão

sendo disponibilizados para alienação

são aqueles que não têm vocação para

abrigar órgãos públicos ou para a reali-

zação de políticas públicas.

A venda é operada pela Caixa Eco-

nômica Federal, por meio de licitação,

nas modalidades concorrência ou lei-

lão. Após a realização do certame, os

imóveis que não forem arrematados

são disponibilizados para venda direta,

pelo tempo estabelecido no edital.

Qualquer pessoa física ou jurídica

pode participar tanto do processo lici-

tatório como da aquisição por venda

direta, e a compra pode ser feita com

recursos próprios ou utilizando finan-

ciamento habitacional.

Até o momento, foram publicadas

três portarias autorizativas para alie-

nação de imóveis da União em vários

Estados e no Distrito Federal, totalizan-

do 573 imóveis disponíveis para ven-

da, entre casas, apartamentos, lojas e

terrenos, com valores diversos, a partir

de R$ 460 mil. Outras portarias autori-

zativas ainda devem ser publicadas ao

longo do ano, segundo a Assessoria de

Comunicação do Ministério, que pre-

vê uma receita de até R$ 200 milhões

para este ano. A verba entra no caixa da

União e não pode ser utilizada para ge-

rar nova despesa continuada.

Diante de uma dívida pública que,

em junho deste ano, estava em R$ 2,95

trilhões, segundo o Tesouro Nacional,

podendo chegar a R$ 3,3 trilhões até o

final do ano, o ato chega a ser simbó-

Gleice Mere/MP

Ativos imobiliários

do Governo Federal