Revista Infra janeiro 2014 - page 57

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INFRA
Outsourcing & Workplace
tização do cliente, para que este
também seja mais sustentável na
sua prática e usufrua das possibili-
dades que o empreendimento ofe-
rece”, acrescenta.
No projeto, um dos destaques
é a fachada, que foi foco de muitos
estudos. “Foram feitas simulações
de consumo de energia e um com-
parativo com tipos diferentes de
vidro para checar o mais eficiente
e qual era a estratégia melhor a ser
adotada naquele contexto”, explica
Peruzzo. Uma das soluções encon-
tradas para proteção solar foi uma
segunda camada de vidro serigrafa-
do, que tem uma película especial,
a um metro da fachada principal
que funciona como um brise, e está
aplicada em três das seis orienta-
ções de fachadas do edifício, onde
há maior incidência solar. Só esse
mecanismo já bloqueia 50% dos
raios solares. Foi feita também a ins-
talação de um brise horizontal na
fachada norte para ajudar no blo-
queio do excesso dos raios solares.
Além disso, utilizou-se vidro duplo
insulado de controle solar, ou seja,
duas camadas de vidro com uma
camada de ar entre elas, o que au-
menta a resistência à transição de
calor entre os ambientes interno e
externo. Tais medidas evitam o ga-
nho excessivo de calor e mantêm as
condições previstas para o ambien-
te interno, o que reflete na econo-
mia do uso do ar condicionado.
Ainda no que se refere à eco-
nomia de energia, a garagem do
edifício conta com um sistema de
exaustão dotado de sensor de CO.
“O sistema só entra em funciona-
mento quando há concentração do
monóxido de carbono, o que reduz
bastante o tempo de operação do
equipamento e, consequentemen-
te, seu gasto de energia, já que um
sistema convencional, em geral,
funciona continuamente”, destaca o
Coordenador da Engineering.
A economia de água também foi
favorecida no projeto, primeiramen-
te, pela instalação de metais mais efi-
cientes, como vasos sanitários de flu-
xo duplo. O prédio conta ainda com
um sistema de tratamento e reúso de
água para descargas e paisagismo.
Os números levantados nas si-
mulações não deixam dúvidas de
que eficiência faz parte do DNA do
empreendimento. Os estudos de-
monstraram,
aproximadamente,
26% de economia de energia em
relação ao consumo em um pré-
dio convencional e uma média de
50% na redução do consumo de
água. Tornar esses números uma
realidade plausível para o Planeta
e para a eficiência econômica é o
desafio (neste caso, convidativo)
do gestor de facilities, que começa
a partir de agora.
 Faz parte do processo o trabalho de
conscientização do cliente, para que este também
seja mais sustentável na sua prática e usufrua das
possibilidades que o empreendimento oferece
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