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INFRA
Outsourcing & Workplace
Como a maior parte das emissões ocorre fora da
empresa, mas estão relacionadas à sua atividade – ou
seja, envolvem a fabricação e o transporte dos materiais
–, também faz parte desse projeto o engajamento dos
fornecedores para que eles façam seus inventários e
busquem possibilidades de redução
dores para que eles façam seus in-
ventários e busquem possibilidades
de redução. Esta, inclusive, é a maior
conquista do trabalho, na opinião
de Flávia. “Entendemos que a nossa
maior conquista até o momento foi a
sensibilização do setor para o tema,
tanto dos nossos fornecedores como
dos concorrentes”, ressalta.
Foram dois anos de trabalho até
que o primeiro documento integral
fosse emitido. O grande desafio foi
criar e adaptar uma metodologia
que permitisse medir os níveis de
emissão de GEE. Até que em 2010, a
empresa foi pioneira ao lançar seu
inventário, iniciando a implementa-
ção dessa importante métrica. O do-
cumento foi inédito no segmento de
construção civil residencial. Em 2011
a verificação realizada no inventário
representou mais um avanço ao vali-
dar todos os cálculos e informações.
O inventário delimitou limites
organizacionais definidos pelo cri-
tério do controle financeiro e ope-
racional. Dessa forma, as emissões
são quantificadas em três escopos.
O primeiro envolve as emissões di-
retas, ou seja, as emitidas por fontes
de propriedade ou sob controle da
empresa. O segundo traz as emis-
sões indiretas da energia adquirida,
isto é, emissões da geração de ele-
tricidade adquirida pela empresa
e utilizada em suas atividades; e o
terceiro se refere a outras emissões
indiretas, que são a consequência
das atividades da empresa, mas
ocorrem em fontes que não são de
propriedade ou controladas por ela,
como fabricação e transporte de
materiais de construção.
Com o objetivo de ser um índi-
ce cada vez mais capaz de refletir a
realidade do negócio da empresa, o
volume de obras avaliadas foi am-
pliado de 32 (em 2010) para 52 (em
2011). Também naquele ano, a Even
passou a calcular o orçamento de
carbono por empreendimento lan-
çado, incluindo a informação em
todos os anúncios publicitários. “É
uma forma de ampliar a importân-
cia do tema para o consumidor e de
dar a ele a possibilidade de compa-
rar produtos, além de ser mais um
estímulo para que todo o setor se
mobilize para o assunto”, comen-
tou, à época, o Diretor Executivo
Técnico e de Sustentabilidade da
Even Construtora, Silvio Gava.
As ações foram iniciadas com a
criação de um grupo de trabalho
interno, envolvendo diretores e lí-
deres de diversas áreas da empresa,
para conduzir de forma colegiada
o processo de Gestão de Emissões
de GEE. Em 2012 foram criados seis
grupos temáticos de discussão.
Cada um deles recebeu a missão
de criar pelo menos um projeto de
redução de emissões. Mas, ao final
do ano, resultou em sete projetos.
Segundo Flávia, devido ao nível de
complexidade, em 2013 foi esco-
lhido um deles para implantação
em caráter piloto, o de contratação
local, que prevê a contratação dos
fornecedores de caçamba por re-
gião, de forma a reduzir a distância
percorrida e, consequentemente,
as emissões de GEE. As bases para
o futuro estão prontas; e os projetos
e metas, traçados. Agora é muito
trabalho pela frente, o que convida
todos a deixarem de lado a concor-
rência em prol de um bem coletivo.
O conceito de sustentabilidade
virou um pilar da cultura da em-
presa de tal forma que a adoção
de práticas sustentáveis pode ser
percebida tanto nas obras, quanto
na rotina dos escritórios. O próprio
comportamento corporativo da
empresa mudou, com funcionários
mais engajados com a proposta.
Não é à toa que a empresa foi Top
10 entre os melhores “Relatórios
de Sustentabilidade do Brasil”, em
avaliação da consultoria inglesa
SustainAbility e da Fundação Bra-
sileira para o Desenvolvimento
Sustentável (FBDS). A Even integra
a carteira do Índice de Sustentabi-
lidade Empresarial (ISE) da BM&F
Bovespa – da Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros, seleta car-
teira de empresas comprometidas
com a sustentabilidade e respon-
sabilidade social.
