Revista Infra janeiro 2014 - page 61

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INFRA
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nada que desanimasse seu proprie-
tário de revitalizá‑lo.
Para se tornar um edifício sus-
tentável, sofreu várias intervenções.
Durante as obras, foram necessá-
rias a estabilização da via de acesso
dos caminhões e a adequação dos
tapumes para evitar a saída de se-
dimentos, assim como a aspersão
de água nos detritos decorrentes da
demolição, a fim de evitar a geração
de poeira pelos dutos de descida do
entulho. Como o imóvel teve várias
de suas estruturas substituídas, ou-
tra preocupação foi quanto ao des-
carte correto dos resíduos gerados,
como monitoramento de materiais
perigosos e controle de poluição.
Ponto alto da arquitetura, a fa-
chada teve suas linhas originais re-
cuperadas e preservadas. De novo
mesmo é possível enxergar a pintura
e as esquadrias em alumínio anodi-
zado com vidro laminado pintado
na cor branca no lugar das janelas
em madeira. Um telhado verde foi
criado a partir de espécies nativas
que cobrem uma área de 191 m
2
.
Sua função: auxiliar na captação de
águas pluviais para reutilização e
consequente economia de água po-
tável. A eficiência nesse quesito foi
complementada com a instalação
de equipamentos hidrossanitários
modernos, como bacias de duplo
acionamento (3 e 6 litros), além de
torneiras e mictórios de acionamen-
to hidromecânico.
Segundo Ivan Schara, Geren-
te‑Executivo de Participações Imo-
biliárias da Previ, para reduzir o
consumo de energia foram ado-
tadas várias estratégias, como a
instalação de vidros low‑e (mais
eficientes quanto à carga térmica),
modernização dos elevadores, da
iluminação, hidráulica, elétrica, de
detecção e alarme de incêndio e
exaustão. Porém, o que mais tem
contribuído para baixar a conta no
final do mês é o sistema de clima-
tização. Este recebeu atenção espe-
cial dos projetistas, sendo adotados
três sistemas independentes para
diferentes áreas do edifício: loja no
pavimento térreo, subsolo, hall de
acesso até o 13º andar e sala de
máquinas dos elevadores. Os equi-
pamentos possuem gás refrigeran-
te de baixo impacto e contam com
sistemas hidráulicos de distribuição
de água gelada do tipo vazão va-
riável, que trabalha em diferentes
velocidades de olho na redução do
consumo. Já a automação só vem a
somar benefícios, pelo maior con-
trole dos sistemas.
Atualmente com 90% de taxa de
ocupação (são dois principais clien-
tes: a Advocacia Geral da União e a
Prudential do Brasil), o Edifício Mar-
ques dos Reis é um exemplo claro
de que história e modernidade po-
dem (e devem) conviver. Os resulta-
dos não poderiam ser mais positi-
vos: a edificação já contabiliza uma
valorização imobiliária invejável
como o do metro quadrado locado,
hoje praticado a R$ 115,00. “O tra-
balho desenvolvido aqui demonstra
que é possível preservar o patrimô-
nio cultural da cidade, mantendo o
empreendimento adequado ao uso
e saudável, e com custos competi-
tivos de operação e manutenção”,
conclui Schara.
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