Revista Infra agosto 2014 - page 65

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INFRA
Outsourcing & Workplace
e dos empresários para realizar gastos,
seja de consumo, seja de investimento.
Neste contexto, cresce exponencial-
mente a relevância de uma área de Su-
primentos bem estruturada e alinhada
com as melhores práticas de mercado e
principalmente atuando de forma inte-
grada e coordenada à área de Facilities.
Conter a inflação de custos escor-
chantes que incide anualmente sobre a
mão de obra empregada nos contratos
de serviços, tais como: limpeza e con-
servação, segurança, vigilância e afins é
um grande desafio para os profissionais
de Suprimentos e Facilities.
Não é mais concebível Suprimentos
agir unilateralmente sem ouvir as con-
siderações da área de Facilities a qual
efetivamente fará a gestão operacio-
nal dos contratos no cotidiano com os
fornecedores, Facilities e Suprimentos
devem estabelecer uma interação pro-
fícua, fluida e de reciprocidade, obje-
tivando garantir a contratação da me-
lhor solução para a organização a qual
representam.
Analisando pelo prisma da efetivi-
dade do processo de terceirização, mui-
tas organizações ainda não atingiram a
devida maturidade no que concerne
aos cuidados necessários e acabam se
expondo a situações de risco perfeita-
mente evitáveis.
Por exemplo, quando uma empresa
toma a decisão de terceirizar uma ati-
vidade é porque deseja transferir para
um fornecedor especializado algo que
não tem interesse de executar, para que
assim possa focar no seu negócio prin-
cipal. Entretanto algumas disfunções
do processo de terceirização ainda são
facilmente identificadas, tais como:
• celebrar contrato para realização de
serviços ligados a sua atividade-fim;
• paralelismo nas atividades;
• personificação da atividade;
• exercer subordinação direta.
Além dessas disfunções , é muito co-
mum negligências no tocante a gestão
de contratos que não permitem que a
organização alcance os benefícios pro-
venientes de um processo bem estrutu-
rado de contratação, podemos citar:
• ler atentamente as cláusulas e acom-
panhar o fornecedor no ciclo de vida
do contrato;
• avaliar periodicamente o fornecedor;
• exigir o cumprimento das condições
explicitadas no contrato o que é trivial;
• e, especialmente, monitorar para ga-
rantir a entrega de desempenho espe-
rada e pactuada através do acordo de
nível de serviços (SLA ).
Podemos, concluir que na dinâmi-
ca contemporânea de negócios, Su-
primentos e Facilities devem possuir
objetivos comuns que transcendem o
âmbito setorial e ter como missão a
geração de resultados positivos tanto
na seara operacional, como na finan-
ceira. Essa convergência necessária é
determinante para que estas áreas de-
monstrem capacidade real de geração
de valor às organizações e possam ser
reconhecidas como verdadeiros cen-
tros de inteligência, onde são desen-
volvidos estudos de alta profundidade
que contribuem para a longevidade do
negócio.
*
Sandro Reis
é Procurement
Category Manager na Vale S/A.
Possui MBA Executivo em Gestão
de Negócios pelo Ibmec-RJ, MBA
em Gestão Empresarial pela Fun-
cefet e formação em Gerência de
Projetos pela Dinsmore Associates.
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