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Outsourcing & Workplace
quatro países. Ele defende com unhas
e dentes esse conceito: os prédios cor-
porativos mais novos, aqueles construí-
dos nas últimas duas décadas, já não
podem ser vistos como espaços fecha-
dos, sem vida. Há exemplos na cidade
de São Paulo – e em outros grandes
centros – de prédios que têm uso maior
que simplesmente servir de escritórios
ou salas comerciais. Há casos, inclu-
sive, de condomínios que são áreas
públicas, que recebem moradores do
seu entorno, exatamente atrás dessa
qualidade de vida que o paisagismo
pode promover. “A ideia é transformar
espaços antes fechados em áreas aber-
tas, criando ‘praças’ ao ar livre dentro
de prédios corporativos. Melhorando a
qualidade de vida de quem trabalha, ao
mesmo tempo em que se proporciona
um local de convívio para quem mora
perto”, explica Abbud.
Mas o maior exemplo seja, talvez, o
Brascan Century Plaza, no Itaim Bibi,
que, além dos usuários finais, pessoas
que trabalham no codomínio, é fre-
quentado por diferentes perfis de pú-
blicos, como babás, pessoas que vão lá
almoçar, e, ao final da tarde, quem vai
curtir o happy hour ou jantar, pois o lo-
cal conta com bares e restaurantes. Isso
faz parte de um projeto paisagístico.
“Você sair do seu escritório e ver que há
pessoas diferentes no seu jardim, como
babás com crianças, é perceber a vida
ao seu redor. Isso motiva as pessoas”,
afirma, adicionando que a praça, inclu-
sive, é usada nos finais de semana.
De acordo com ele, mesmo em pré-
dios que não tenham tanto espaço, há
condições de se criar ambientes mais hu-
manos. Hoje há muitos empreendimen-
tos que no térreo há “pontos de respiro”,
como um café, restaurantes ou mesmo
um espaço de espera ao ar livre e não so-
mente umvaso, commóveis confortáveis.
Os prédios corporativos têm se pres-
tado a isso com relação ao paisagismo:
dar mais qualidade de vida. Outro pon-
to de destaque são salas de reunião
externas, cada vez mais usadas. São
pergolados que não contam na área
construída, próximo ao jardim, com
mesas, cadeiras, TVs, ideais para uma
reunião, com sensação de espaço.
AS PLANTAS TAMBÉM FAZEM PARTE
Mas, sem dúvida, a primeira coisa
que vem à mente quando se fala em
paisagismo é a preocupação que se
deve ter com a escolha correta de plan-
tas para determinados espaços. Mes-
mo que se tenha a premissa da melhor
qualidade de vida, a planta correta para
cada lugar também é uma grande preo-
cupação do paisagista.
Benedito
Abbud:
mestre na
arte da
arquitetura
paisagística,
a começar
pelo detalhe
Fotos Divulgação Benedito Abbud
