Revista Infra agosto 2014 - page 57

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INFRA
Outsourcing & Workplace
Costumo dizer
que nosso negócio
tem foco no foco do
cliente
Conte-nos como começou sua
carreira profissional.
Comecei a trabalhar aos 14 anos com
carteira assinada em uma indústria de
alemães (Metalúrgica Riosulense S.A.),
período que muito contribuiu na minha
formação. Aos 18 anos, prestei o serviço
militar e tive a oportunidade de estudar.
Completei o Ginasial e fui aprovado para
o curso de Sargentos do Exército. Vim
para o Rio de Janeiro para fazer o curso
e ao finalizá-lo fui escolhido para fazer
parte do corpo de ensino da escola. Em
seguida, cursei o então Científico e de-
pois comecei a faculdade de Engenha-
ria Civil. Ainda estava no primeiro ano
quando fui convidado para trabalhar na
João Fortes Engenharia, onde perma-
neci por 11 anos. Era uma espécie de
“Engenheiro de obra pronta” – respon-
sável pelo setor de Assistência Técnica e
pela implantação de condomínios.
Como nasceu a Mark Building?
Minha atividade na João Fortes Enge-
nharia foi importante para identificar a
necessidade de práticas mais sustenta-
das na gestão de empreendimentos que
a cada ano se tornava mais complexos.
Nos países mais desenvolvidos a gestão
da propriedade já era feita por empre-
sas especializadas e não se limitava a
tarefas burocráticas, pois englobava a
operação, manutenção e conservação.
Depois de viagens feitas para Europa e
Estados Unidos, pude constatar que es-
távamos muito distante das práticas dos
países mais desenvolvidos, e assim tive
a iniciativa de criar a Mark Building, em
1989, que inicialmente tinha o foco na
gestão condominial de prédios comer-
ciais de grande porte. No início foi muito
difícil, pois enquanto aqui no Brasil preva-
lecia o fornecimento de mão de obra, lá
fora só se falava na prestação de serviços.
O que o fez vislumbrar a impor-
tância da atividade de FM?
As experiências que observei nos Esta-
dos Unidos e Europa e algumas pers-
pectivas do mercado brasileiro, como:
• A maioria das construtoras/incorpora-
doras enfrentava dificuldades na en-
trega dos condomínios. Os empreen-
dimentos, cada vez mais complexos,
necessitavam de um sistema de ges-
tão e serviços compatíveis.
• As empresas multinacionais tentavam
identificar o prestador de serviços ali-
nhado a este novo conceito.
• A experiência adquirida pela Mark
Building na contratação de serviços
de FM pela IBM e Xerox entre outras,
em 1993 e 1994.
• Com a abertura do mercado, as em-
presas internacionais de FM iniciaram
suas atividades no Brasil.
• O primeiro contrato – Centro Empre-
sarial Rio, que já adotava o conceito
de Facility.
• A competição domercadomais efetiva,
a partir de 1994, obrigou as empresas a
focarem mais na atividade-fim, entre-
gando a terceiros a atividade-meio.
• A busca de prestadores de serviços
alinhados ao conceito de Facility Ma-
nagement.
E para o futuro?
As perspectivas são muito promis-
soras. As empresas estarão cada vez
mais focadas em sua atividade-fim.
Os serviços da atividade-meio serão
entregues a empresas de FM, capazes
de contribuir para a busca de maior
competitividade do seu cliente, com
padrões de qualidade crescente, na
melhor relação custo/benefício. Da-
qui para frente, teremos responsabili-
dades cada vez maiores. Agregar valor
a esta atividade é o grande desafio.
A evolução terá como consequência
maiores oportunidades.
Fale como está a atual es-
trutura da empresa?
A Mark Building é uma empresa extre-
mamente horizontal. Tudo é conduzido
de forma que a informação circule com
muita rapidez e intensidade, consoli-
dando processos e contribuindo forte-
mente para o aperfeiçoamento profis-
sional dos colaboradores.
Os processos de qualidade (Padrão ISO
9000 e 14000) são permanentemente
revistos na busca de níveis de qualida-
de cada vez maiores. Além disso, inves-
timos em cursos de formação continua-
da dos nossos profissionais em FM.
Seus clientes são públicos
e privados? Por quê?
Até agora temos focado os negócios
na área privada, que demanda servi-
ços com alto valor agregado. Entre-
tanto, algumas estatais já passaram a
exigir níveis de serviço elevado, abrin-
do uma perspectiva interessante na
área pública.
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