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INFRA

Outsourcing & Workplace

 A grande contribuição… é a qualificação

da gestão de equipamentos culturais, com a

composição de equipes e serviços especializados

na área finalística, como a museológica 

Marília Bonas

, Museu da Imigração

A Semana Nacional de Museus é

uma das iniciativas do Ibram. De acor-

do com os dados divulgados pelo ór-

gão, o evento de 2013 contou com 39%

das instituições museológicas cadas-

tradas. E os resultados são positivos. O

aumento do público chegou a 129%, e

a geração de renda e emprego a 23%.

As parcerias de prestação de serviços

com empresas privadas, escolas, setor

do turismo e com as três esferas do go-

verno também registraram alta.

Em São Paulo, por exemplo, desde

dezembro, representantes da socieda-

de civil e do poder público passaram a

integrar o Conselho de Orientação do

Sistema Estadual de Museus (Cosisem).

Os membros selecionados poderão

participar diretamente da discussão

das diretrizes da política cultural para

o setor museológico no estado, que

conta com cerca de 400 instituições

públicas e privadas, em 190 municípios

paulistas.

CULTURA, EDUCAÇÃO

E PRESERVAÇÃO

Os dados já citados demonstram o

potencial de iniciativas e oportunida-

des que o gerente de museus tem em

mãos, além, é claro, de responsabilida-

des. “Algumas das atividades são zelar

pela manutenção e conservação das

instalações e equipamentos, promover

a segurança de pessoas e do patrimô-

nio, e atentar para as exigências mu-

seológicas internacionais. Além disso,

temos de atentar para a legislação e

normas que regem os espaços públicos

e casas de espetáculos e administrar os

serviços de empresas contratadas”, afir-

ma Marcos Mantoan, Gerente-geral da

sede paulista do Centro Cultural Banco

do Brasil.

O CCBB SP recebe em média 2.800

pessoas por dia. Portanto, o atendimen-

to ao público é outra atividade que re-

quer vigilância do gestor do museu. “Há

brigada de incêndio no prédio, equipe

de bombeiros e de segurança treinada.

Para conservação das obras de exposi-

ções temporárias, uma equipe técnica

zela pela sua manutenção constante”,

explica Mantoan. “Além do treinamento

específico de cada empresa, as equipes

participam de reuniões sobre as espe-

cificidades dos projetos culturais. Tam-

bém fazem parte das ações preventivas

de acidentes e abandono do prédio”,

complementa.

O CCBB SP é uma dependência do

Banco do Brasil vinculada à Diretoria

de Marketing e Comunicação e, por ser

uma sociedade de economia mista,

está sujeito à Lei de Licitações da Ad-

ministração Pública para a contratação

dos serviços. A administração predial é

conduzida pela área logística.

Já o Museu Brasileiro da Escultura,

localizado na capital paulista, é uma

Oscip e segue o modelo de administra-

ção predial própria, sem contratação

de serviços terceirizados. “O desafio é

manter uma ampla programação sem

subsídios públicos nas esferas federal,

estadual ou municipal e, também, a

falta de subsídios da área privada. Por

isso, buscamos parceiros na iniciativa

privada para se tornarem mantenedo-

res do museu. No entanto, temos o be-

nefício de proporcionar à população o

acesso à arte, cultura e educação”, con-

ta Olívio Guedes, Diretor de Relações

Institucionais do Mube.

Responsável pelas áreas de expo-

sições, cursos, recitais, seminários e

ações educativas, Guedes conta com

23 funcionários para gerenciar a visita

diária de, em média, 500 pessoas. “Rea-

lizamos supervisão constante pelos

seguranças e pelo sistema de câmera,

além de treinamento da brigada de in-

cêndio como reforço de procedimen-

tos, reuniões pedagógicas com a equi-

pe do educativo e técnica, e reuniões

administrativas para manter a comuni-

cação”, afirma o Diretor.

GESTÃO NA LINHA DE FRENTE

O modelo de gestão empregado no

Museu da Imigração, reinaugurado no

ano passado depois de uma intensa re-

forma, permite contar com repasse do

governo estadual e captação própria

de receitas. A instituição é gerida pela

organização social Instituto de Preser-

vação e Difusão da História do Café e

da Imigração (INCI), em contrato de

parceria com a Secretaria da Cultura do

Estado de São Paulo firmado a partir de

concorrência pública.

“A grande contribuição do modelo

de organização social para a área da cul-

tura é a qualificação da gestão de equi-

pamentos culturais, com a composição

de equipes e serviços especializados na