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58 INFRA

Outsourcing & Workplace

Trilha Acadêmica em Gerenciamento do Ambiente Construído

ESTRATÉGIA PARA

SOBREVIVÊNCIA EM

TEMPOS DE CRISE

Para Sergio Faria, o cenário de 2015 não

ajuda, mas crise na área é o tempo todo.

Com uma visão realista, mas prática, ele

enxerga a crise como um labirinto: o im-

portante é que há uma saída.

O paradoxo dos próximos anos é que quem

vai gerar resultado não são as pessoas que

trazem o dinheiro, o resultado estará nas

mãos de quem gasta. Por meio de exem-

plos, ele mostra que reduzir custo pode ser

cinco vezes mais efetivo do que aumentar

receita. “Então é com a gente!”, afirma.

Metade dos custos é aluguel e depreciação

que são muito difíceis de serem reduzidos.

A redução em utilidade temmargem baixa,

de 2% a 5%, então, onde se pode efetiva-

mente reduzir custos é em manutenção,

reparos e melhorias, mas equilibrando o

impacto dessa redução.

Por outro lado, ele destaca a “janela de

oportunidade”. “Em alguns casos, a estra-

tégia pode ser não economizar, pois o Bra-

sil não vai acabar e quem puder aproveitar

a hora para investir vai estar mais prepara-

do para o futuro, principalmente em casos

de empresas internacionais”. Ao final, um

tom otimista e convidativo: “Temos papel

fundamental e podemos fazer a diferença!”

Sergio Faria,

profissional com mais

de 25 anos de experiência na gestão

de imóveis corporativos. Candidato à

designação MCR (Master Corporate Real

Estate) pela CoreNet Global, é Diretor de

Global Real Estate para a América Latina

e Canadá da Hewlett Packard Enterprise,

sendo responsável por uma carteira de

300 mil m

2

, distribuídos em 12 países

ASSUNTOS REGULATÓRIOS

E CREM/FM

Clóvis Giacomozzi Porto abordou os as-

suntos regulatórios tanto antes da edi-

ficação quanto depois, quando o gestor

efetivamente assume o empreendimento,

destacando a importância e as peculiari-

dades de cada item abordado.

O processo envolve diversas etapas docu-

mentais para que se possa começar uma

construção, como o Alvará de Execução de

Edificação Nova da prefeitura para execu-

ção de obras, que leva de 12 a 24 meses

para ser emitido, até outras permissões ne-

cessárias, como o alvará de movimentação

de terra e de demolição; alvarás do Corpo

de Bombeiros, da Engenharia de Tráfego,

da Agência Nacional de Aviação (Anac),

do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),

da Vigilância Sanitária, além de avaliações

e autorizações relacionadas ao meio am-

biente foram outros exemplos citados.

O profissional chamou atenção para alguns

pontos, como a gravidade de se remover

uma árvore – considerado crime inafiançá-

vel pela legislação, as normas e legislações

a respeito de ventilação e ar condicionado, a

manutenção contínua na parte elétrica, en-

tre outros. “E a cada dia novas atribuições e

responsabilidades acabam sendo inseridas,

mas temos que enxergá-las como oportuni-

dade de agregar conhecimento para um dia

se ter todas as correspondências necessá-

rias para voar mais alto”, conclui.

Clóvis Giacomozzi Porto,

Engenheiro

Mecatrônico pela Universidade

Paulista, pós-graduado em Gestão

de Projetos e com MBA em Gestão

de Negócios. É candidato à

designação MCR (Master Corporate

Real Estate) pela CoreNet Global

ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NA

GESTÃO CONDOMINIAL

Rosely Benevides de Oliveira Schwartz

começou sua apresentação trazendo a

origem da palavra ética e algumas defini-

ções. Para ela, a ética está relacionada a

comportamento, ação, valores morais e

caráter. É a busca do bem, que deveria ser

a base de toda ação, pois é ela que diferen-

cia o homem de todos os outros animais.

Os dois temas tão em voga pelo momen-

to político e empresarial vivido pelo Brasil

foram trazidos para a realidade da gestão

condominial de forma prática e didática.

Além de abordar a percepção internacio-

nal de tais conceitos, por meio de pesquisa

realizada em 2014, Rosely mostrou alguns

pontos básicos que merecem atenção

para uma gestão transparente em condo-

mínio, como ter o escopo pré-aprovado

para licitações e contratações, realizar

obras e rateios apenas após aprovação

em assembleia, pagamentos de despesas

mediante comprovantes, contratos forma-

lizados e notas fiscais, ter pastas acessíveis

com todos esses documentos, demonstra-

tivos financeiros aquedados à realidade

do condomínio e contratação de auditoria

externa mensal indicada pelo conselho

para análise dos demonstrativos.

Rosely Benevides de Oliveira Schwartz,

Contabilista com MBA pela USP em

gerenciamento de facilidades. Autora

do livro Revolucionando o condomínio,

é atualmente Coordenadora e

Docente do Curso de Administração

de Condomínios e Síndico Profissional

da EPD (Escola Paulista de Direito)

Fotos Gheller Fotografias