80 INFRA
Outsourcing & Workplace
GESTÃO CORPORATIVA
|
por Rodrigo Miranda*
NA CONTRAMÃO DA CRISE
N
ão há quem não fique apreensi-
vo com o que pode acontecer em
sua própria empresa, quando o cená-
rio político-econômico instável e in-
certo provoca uma série de demissões
e medidas austeras em empresas por
todo País. Mesmo que o setor da eco-
nomia em que empresa atue esteja
mais sólido que os demais ou que não
existem sinais concretos de que vão
ocorrer demissões ou corte de benefí-
cios, não é fácil ficar emocionalmente
livre a esse ambiente de insegurança.
Passar por esse período turbulen-
to sem deixar partir o fio que liga os
objetivos da empresa aos dos funcio-
nários e, assim, conservar e até au-
mentar o ritmo de trabalho exige do
empresário tomar ações estratégicas
e isso só é exequível para empresas
que já estabeleceram essa conexão
antes da crise. Na Mercato, utiliza-
mos o excelente momento da econo-
mia entre 2012 e 2014 e investimos
em treinamentos, novos produtos e
infraestrutura. Esses investimentos
geram resultados mesmo em um ce-
nário desfavorável de mercado como
observado atualmente. Prova disso é
que a empresa prevê um crescimen-
to de 15% em vendas para este ano
e aumentou consideravelmente seu
quadro efetivo de colaboradores (em
24%) já pensando em uma retoma-
da da economia. Crises, por pior que
sejam, são momentâneas e é funda-
mental estarmos preparados para os
períodos de crescimento. Mais cedo
ou mais tarde o panorama deve mu-
dar e as empresas que se prepararam
adequadamente para isso serão re-
compensadas. Assim, apresento cin-
co estratégias, adotadas pela nossa
empresa, que estão sendo fundamen-
tais hoje em dia para manter a com-
petividade com as perspectivas de
crescimento no mercado e também
da carreira dos nossos colaboradores
emmeio a um panorama turbulento e
cheio de obstáculos.
1)
Tornar os colaboradores engaja-
dos. A empresa precisa se assegurar
de que seus colaboradores, de que as
pessoas que fazem parte dela creem
de verdade que um sacrifício neste
momento, dar algo a mais, pela em-
presa, valerá a pena, porque mais a
frente eles serão recompensados. En-
gajar é um trabalho contínuo que não
depende do momento econômico.
Se tivermos uma política ininterrup-
ta de incentivo ao desenvolvimento
individual e também de participação
de conquistas, torna-se dispensável
ações de emergência para manter
o engajamento em tempos de tur-
bulências. Mantermos treinamentos
técnicos, comerciais e comportamen-
tais, independentemente da situação
econômica, e utilizar os próprios co-
laboradores como multiplicadores de
conhecimentos e habilidades entre
si, faz com que aproveitemos gran-
de parte da capacitação dos nossos
empregados como recurso interno.
Nos últimos dois anos nossos cola-
boradores tiveram a oportunidade de
participar de aproximadamente trinta
*
Rodrigo Miranda
é
Diretor Executivo da
Mercato Automação.
Divulgação