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Outsourcing & Workplace
estoque total, o que é muito pouco se
comparado ao tamanho do mercado de
consumo. “Em um cenário de economia
desacelerada, as empresas começam a
pensar em reduzir custos. Ter mais pro-
dutividade e investir emmelhorias para
a cadeia logística é fundamental”.
Mesmo como volume de entrega con-
siderado atípico nos últimos anos, por
conta da entrada de capital estrangeiro,
ainda há entregas consideráveis a serem
realizadas. De acordo com a SiiLA, no se-
gundo trimestre do ano houve 152mil m2
de nova entrega. No terceiro trimestre,
foram mais 315 mil m2, ainda há 374 mil
m2 em construção e mais 5 milhões em
projetos até 2020. Como a lei da oferta e
procura é infalível, a taxa de vacância já a
reflete, chegando a 18,37%no terceiro tri-
mestre do ano, alémde umdeslocamento
de preço de até 20%. “Existe uma deman-
da, empresas que estão conseguindo am-
pliar, mas não suporta a vacância”, avalia
o CEO da plataforma Giancarlo Nicastro.
Patrick Samuel, da Newmark, também
acredita que os valores negociados ainda
fiquem abaixo do ideal durante os próxi-
mos 12 meses e que a taxa de vacância
volte a encontrar seu equilíbrio, em torno
de 10%, entre 2020 e 2021. Mauro Dias
acrescenta que “a taxa de vacância foi
agravada pela busca de maior eficiên-
cia, como a centralização das operações
para otimizar custos”. Apesar disso, ele
afirma que a empresa está com 89% do
portfólio estabilizado locado, já tendo
notado alguns sinais positivos de reaque-
cimento de mercado. “Ainda há muitas
incertezas, mas seguiremos com nossos
planos”, informa. Segundo ele, coma con-
tínua tendência da terceirização e a baixa
qualidade do estoque existente, as pers-
pectivas de crescimento em longo prazo
permanecem. Assim, no ano fiscal de 2017
(abril/16 a março/17) a projeção é iniciar
108 mil m2 em obras e entregar 91 mil
m2. No ano fiscal de 2016 (entre abril/15
e março/16), a GLP teve 139 mil m2 em
obras iniciadas e 222 mil m2 entregues.
Se esse setor é o primeiro que sofre
com a crise, em ummovimento de recu-
peração, é também o primeiro que sai
dela. E o crescimento do e-commerce
tem dado um empurrãozinho a mais.
Segundo o E-bit Web Shoppers, o cres-
cimento nominal no primeiro semestre
foi de 5,2% na comparação com o mes-
mo período no ano passado. Além disso,
mais que a venda, a entrega dos produtos
é fundamental para o sucesso neste mo-
delo de negócio. “O principal gerador de
demanda para os parques logísticos é o
consumo interno (100% do portfólio da
GLP atendem a ele)”, acredita Dias.
SHOPPING CENTERS
No setor de shopping centers, o e-com-
merce sempre faz parte dos debates acer-
ca do futuro. O Sócio-diretor da GS&BW,
Luiz AlbertoMarinho, no entanto, acredita
no modelo omni-channel, ou seja, os ca-
nais se complementarão e deixarão de ter
importância. O que valerá é a relação da
marca com aquele cliente.
O Engenheiro Franklin Tanioka, autor
de um estudo para apontar alternativas
de revitalização de shoppings com base
na experiência norte-americana, destaca
um número que reforça a tese: mesmo
nos Estados Unidos, a participação do
e-commerce é de 7%a 10%. As referências
“Segundo estimativa do consultor de va-
rejo dos EUA, Howard Davidowitz, metade
dos mais de 1.200 shoppings nos EUA
devem fechar nos próximos 20 anos. Nos
últimos cinco anos, mais de 25 centros
comerciais encerraram suas atividades e
outros 60 seguem no mesmo caminho”,
aponta o texto.
Construção de complexos multiuso,
ambientes de experiência e mais oferta
de restaurantes e entretenimento são
algumas das mudanças. Mas cabe tam-
bém aos lojistas converter o fluxo em
vendas – outra dificuldade encontrada
pelo mercado brasileiro. Segundo Mari-
nho, 70% dos lojistas em shopping têm
uma única loja.
Outro desafio, como destaca o Dire-
tor da consultoria Make It Work, Michel
Cutait, é que “o segmento de shopping
centers é complexo, porque suas receitas
vêm da atividade imobiliária, mas suas
atividades estão ligadas ao varejo”. Ma-
rinho observa que há dez anos a receita
de aluguel representava 80% do total,
hoje é de 71%, mas estacionamento, em
contrapartida, representava 13% e hoje
é de 20%.
Giancarlo Nicastro, CEO
da plataforma SiiLA
Luiz Alberto Marinho,
Sócio-diretor da GS&BW
Michel Cutait, Diretor da
consultoria Make It Work
Fotos Divulgação
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